Supranumerários ou trabalhadores em situação especial de mobilidade. Não valerá a pena dissecar aqui a situação, dado que a mesma, já é do conhecimento geral.
Pretendo, sim dar razão ao Governo ( que quando a tem, ... tem! ), e poderei esclarecer a minha opinião, contudo gostaria de esclarecer que nada tenho contra os funcionários do Estado, que nos diferentes serviços, são competentes!
Na verdade, o que me leva a concordar, com a decisão ministerial e governamental, da criação de um quadro de excedentes, baseia-se na observação que faço dos diferentes serviços, onde me dirijo.
Poderei relatar um caso de exemplo de maus serviços, por mim testemunhado hoje 28-12-2006, no hospital Santos Silva em Vila Nova de Gaia.
Um familiar meu teve que ir de urgência, para o referido hospital, para o qual foi transportado numa ambulância pelos Bombeiros Sapadores de Gaia. Depois de 3 horas de espera, e mediante a recusa da médica da triagem em observar a paciente, dado que não podia sair da maca, e só o fez perante a intervenção da Directora do Serviço.
Pergunta-se, que raio de médicos são estes? No role do que se vê, num hospital desde os funcionários que se atropelam uns aos outros e a empurrarem os serviços, para os colegas, verfiquei que uma doente que necessitava de uma aparadeira, porque precisava urinar, a pediu a 5 funcionários (auxiliares de acção médica), a resposta invariávelmente, "-não é comigo, é com a colega", tendo um enfermeiro resolvido a situação! Que fazem os auxilares? É vê-las a bater cigarro e ou a fazer de conta, a circular sem nada fazerem!
Isto é gente a mais, gente que não faz falta, até se estorvam!
Médicos agarrados a essa bendita maravilha tecnológica dos tlm's a enviarem SMS. Nos corredores enquanto nas salas de espera se amontoam doentes.
É isto que se vê, gente que na verdade anda ali a mais, gente sem profissionalismo, a lidar com doentes, sem qualquer sentido humanitário!
É isto que se vê, gente que na verdade anda ali a mais, gente sem profissionalismo, a lidar com doentes, sem qualquer sentido humanitário!
Estes "trabalhadores" que se dêm por muito felizes, em só irem para o quadro de supranumerários. Numa empresa onde tivessem de dar rendimento e serem profissionais, iriam era para o olho da rua por justa causa!
Agora vemos o bastoário da ordem dos médicos, dizer que o Governo ao pretender colocar relógios de ponto nos hospitais, está a actuar de forma populista! Porquê?, porque será? Deixo ao critério de quem já passou por elas, ter consulta marcada para as 9:30 e o médico só aparecer às 10:30... que dizem? Quem lhe paga a hora que não trabalhou? E que prejuízos causou, a quem teve de recorrer aos serviços médicos? E mais grave, os que deveriam estar ao serviço, e se ausentam sem que ninguém saiba deles?
Será que por serem médicos, são mais honestos que os outros trabalhadores?
Aqui fica no entanto a ressalva de que nos quadros da função pública há muitos e excelentes trabalhadores, o problema é que entraram muitos boys e girls, e se não fossem apadrinhados, não haveriam tantos incompetentes no sistema, nem excedentários!
O atendimento ao cidadão seria diferente, sem a arrogância de quem olha sobranceiramente, o cliente, que somos todos nós portugueses.
15 comentários:
Amigo Simões, não poderia estar mais de acordo! O governo nestes casos, deveria actuar sem contemplações.
Um abraço
M.Margaride
Amigo Simões, deixe que lhe faça aqui um reparo:
1º - É certo e sabido que andam aí muitos funcionários públicos, que de facto não servem para nada, há outros serviços, que pecam por défice de funcionários, e ainda outros que pecam por excedentários.
2º - Não posso de forma nenhuma, concordar com a opinião do amigo, quando diz que o governo tem razão, pois eu conhecendo a questão, pois não sou funcionário público, mas tenho sim na minha família (a minha mãe) que o é, e sempre foi uma funcionária exemplar, mas à anos que a ouço dizer do mau coleguismo, das oportunistas e dos que nada fazem no serviço, manchando o bom nome daqueles que querem um serviço melhor.
3º - Tenho também mais duas pessoas (Irmã, e esposa) que embora não sejam funcionárias públicas, trabalham para a função pública, naquele regime de contratados, que muitas vezes estão anos a fio nessa situação, tem lá casos de cerca de 7 anos com contratos a termo certo.
4º - Por último, e discordando daquilo que disse, acerca do governo ter razão, aproveito para lhe dizer que o governo tem má gestão, pois tem ao longo dos anos pecado por má gestão nos recursos humanos que tem à sua disposição, e como nunca dá o braço a torcer, quem paga são os funcionários (bons ou maus)a factura de uma má politica desses sucessivos governos ingerentes no que ao caso diz respeito.
Com amizade, e com o respeito que me merece, Abraços do Beezz
Mas contudo amigo Simões, não deixa de ser desesperante para quem espera numa urgência por ser atendido, e olhe que infelizmente não é só no Santos silva, é em todos os hospitais...
Abraços do Beezz
Beez. são aos incompetentes e aos maus funcionários, que é dedicado o post, pois sabemos, que não vai tudo p´ro mesmo saco. Para mim a medida é boa como filtro, espero que, não sirva para manter os Boys, em detrimento de quem é capaz! A ver vamos, as más ideias e a má gestão governamental, tem sido uma constante, nos últimos anos.
Um abraço.
Há maus e bons funcionários e, no cômputo geral, há funcionários a mais. Além de uma boa selecção no recrutamento e na avaliação permanente, e de uma mentalização e formação, devia haver um sistema de gestão por tarefas em que cada um seria respnsável pelas suas tarefas bem definidas e avaliado (despedido se não cumprisse) segundo o desempenho, e simultaneamente instituir um livro de reclamaçõea para que os utentes apresentassem as razões de queixa. O mal é geral e muitos utentes sõ capazes de tratar ofensivamente os funcionários mas são incapazes de escrever as suas reclamações com seenidade e objectividade.
O País está mal, com vícios generalizados, e de tal matéria prima não podem sair bons funcionários.
Ao menos, ja que não podemos directamente melhorar o sistema, vamos levantando a lebre e estimulando as pessoas a pensar nisto.
Um abraço e Bom Ano
A. João Soares
AMIGO SIMÕES,
Um realidade para aportar e esta rica tertúlia sobre, supranumerários, função publica, bons e maus funcionários.
Nasci num meio aldeão no concelho de Alcobaça e ainda não há pouco tempo faziam estar no centro médico de Turquel, OS IDOSOS, às oito da manhã para marcarem turno e consulta no seu médico de cabeceira. Por norma o médico/a chegaria às 11 da manhã quando vinha. Muitas vezes faltava sem avisar. Turquel sendo a capital da freguesia, ainda não tem transportes públicos das periferias ao centro e vice versa. As zonas mais limítrofes tem de 6 a 7 Km. Uma distancia que é muito considerável em pessoas idosas. Por isso estes idosos tinham de se levantar às seis da manhã, em pleno inverno e caminharem com frio e chuva para irem mendigar uma consulta. Uma verdadeira injustiça que não sei se não estará ainda em vigor. Quantos maus funcionários, médicos incluídos, existem neste processo, para não serem capazes de minimizar estas realidades que contadas parecem ficção?
Obviamente que há na função publica excelentes profissionais...mas num processo em que o mérito, possivelmente não será tido em conta, como se fará a triagem entre bons e menos bons?
BOM ANO DE 2007 para si e aos postadores e leitores deste blog
Cordialmente
António Delgado
A minha pergunta é:
Esses funcionários e médicos trabalham da mesma forma no privado? Não.
Porquê? Porque lá vão para a rua.
Eu sou professor numa escola pública mas não me faz confusão nenhuma que TODOS os funcionários públicos sejam avaliados e os incompetentes vão para a RUA!
Os médicos é fácil:
O Hospital de S. Jõao da Madeira não tem listas de espera! Porque? Porque os médicos que lá trabalham só trabalham lá! Ganham mais mas funciona bem!
Exclusividade bem para é o remédio para alguns serviços do estado.
Para outros é formação e avaliação permanente.
Abraço
E digo mais!
Está mais que provado (basta ver na TAP) que boas chefias é o que falta.
Um bom chefe obriga a que tudo funcione e que haja produtividade e competência (ex.: TAP)
Um mão chefe toca viola e dá esse exemplo aos seu subordinados. "Se ele faz eu tb faço" - é o pensamento!
Boas chefias!!!
Abraço
Solo pase a desearte un Año Nuevo lleno de amor y paz.
Cariños
El funcionario publico se debe a su labor, a la que logró por la fe del pueblo. Si no la cumple no se cumple a si mismo,
Feliz comienzo del 2007, que te sea favorable,
Abrazos,
O Amigo Víctor Simões está de parabéns por ter aqui trazido este caso real. Dos comentários apraz-me extrair dois aspectos que reputo fundamentais: a falta de civismo e a carência de chefias.
A falta de civismo, um defeito terrível da nossa sociedade conduz a que a maior parte dos funcionários se esqueça que a sua função é servir o público. Devem funcionar com a finalidade de resolver carências dos cidadãos no âmbito das suas funções. Sem isso não são funcionários públicos. Não podem limitar-se a passar o temo à espera do dia do vencimento. Como o poder corrompe e vicia, criando o abuso descontrolado, muitos funcionários, consideram que «têm o rei na barriga» e tratam os cidadãos de forma sádica em vez de os servir dedicadamente, como é sua função.
A carência de chefes, consequência da falta de civismo, é grave. Um chefe que não assume a sua autoridade de dirigente, mestre, coordenador, da sua equipa, não é chefe, não merece o seu vencimento. Deve demitir-se. Há casos destes a todos os níveis, desde a equipa municipal que actua na rua em que se vê todos a conversar e as picaretas paradas, sem se distinguir quem é o chefe, até à equipa governativa em que um ministro faz afirmações que prejudicam negociações em curso do Governo, ou que lesa a imagem deste com os maus exemplos que dá publicamente.
Votos de Bom Ano para todos os participantes deste nosso Blogue e seus visitantes.
Abraços
A. João Soares
Não vamos com paninhos quentes, as verdades são para se dizer.
O Povo não é burro e sabe que há bons e maus funcionários.
Nesta coisa dos excedentários - pomposamente tratados por " trabalhadores em regime especial de mobilidade", o problema está. que não se sabe bem quais os critérios e quem decide!
Certamente o decisor é um "Boy ou Girl", e lá ficam atrelados os "Boysitos e as girlesitas"... em termos de qualidade, tudo na mesma!
Cenário pior, será os referidos "Boys" ou "Girls", utilizarem a sua posição para mandar para a "Sibéria", os que não são lambe-botas dos serviços.
O critério deveria ser o da capacidade, e competência. Não o creio, será na mesma o dos compadrios, amizades e "boysadas", recomendados por algum Director ou Ministro!
Não tenhamos ilusões, o Governo só quer economizar uns guitos e há que poupar na saúde, o raio dos Tugas, são como os gatos, têm sete vidas.
Amigos, Bom Ano de 2007!
Caro Victor,já havia feito um coments longo e fundamentado,mas não o consegui postar e "foi-se"!
Mas digo-lhe o seguinte,há maus funcionários e são a mais quando se atropelam,mas meu amigo isto é culpa de quem os "comanda"-os refastelados CHEFES nomeados pelo GOVERNO!
Há muitos bons PROFISSIONAIS nesta área da saúde,tal como noutras,mas eu pergunto,porque há supranumerários?Quem os admitiu?Os mesmos que fizeram depois contratos milionários com empresas de segurança e de limpesa que por "verdadeiras fortunas" e que fazem o mesmo trabalho que os funcionários que passam a excedentários.Até lá o governo tem duas despesas,os seus funcionários e as ditas EMPRESAS que com o compadrio ROUBAM FORTUNAS aos cofres do ESTADO,aos nossos bolsos!
Já aqui falei no LIVRO DE RECLAMAÇÕES,ele existe nos hospitais,tal como em qualquer repartição pública.Existem nas empresas,mas poucos exercem o direito de reclamar com JUSTIÇA e nos devido MOMENTO!
Um dia fui a uma consulta com o meu filho,o médico especialista de uma clínica privada,que incompreensivelmente tem mais doentes enviados pelos serviço nacional de saúde,do que privados,foi grosseiro,impertinente e mal educado!Para não lhe dar dois tabefes fui falar com o director clínico.Este disse-me que já não era a 1ª nem 2ª vez que tinha problemas do género com o médico referido!Pediu-me para escrever uma carta para a administração da referida e conhecida clínica...Eu disse-lhe está bem!Saí do gabinete dele e fui à recepção,pedi o livro de reclamações e ecrevi lá TUDO!É claro que esta não era a actuação do agrado do director que havia falado comigo e me havia dado razão.Mas se o não fizesse o médico ainda lá estava!Assm FOI CORRIDO,levou um inquérito e foi dada razão ao CLIENTE/DOENTE!Acima de tudo serve de reflexão para os outros.Nesta clínica há bons médicos,mas aquele era uma vergonha!Agora para aquela especialidade entraram pelo menos mais dois que substituíram o SABE TUDO MAL CRIADO!
No SNS tem que se proceder da mesma forma.Os ciddãos queixam-se no sítio errado!Escrevam onde dê frutos e faça justiça,com dados sérios.A conversa que tive com o director clínico só me deu mais dados para escrever e no processo todos fomos chamados!
Importa perguntar se os hóspitais estão mal,a que se deve?Aos supranumerários ou aos GESTORES pagos a OURO?São NOMEADOS pelo BENDITO GOVERNO de hipocrisia nacional.
Concordo com a análise de haver funcionários a mais,não concordo com a autentica balda de empresas avençadas com contratos milionários para fazer o serviço dos que afinal estão a mais!Eduquem.formem e fiscalizem os funcionários.As empresas privadas também têm muito que aprender em PORTUGAL,principalmente para quem conhece o mundo empresarial internacional!
Gostei do desabafo,pois todos o sentimos qd vamos aos HOSPITAIS!
Abraços
Mário Relvas
Para os meus amigos PENSAREM e REFLETIREM:
A factura apresentada ao SAD-SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA NA DOENÇA é maior num internamento num HOSPITAL PÚBLICO do que numa CLÍNICA PRIVADA!Bem maior!
Cumprimentos
Muito bem, com toda a razão há supranumerários nos serviços de saúde; não há flexibilidade nos serviços que colmatam realidades humanitárias, por exemplo, um auxiliar de acção médica não deveria deixar de "auxiliar", que é afinal o cerne da sua função. Há ainda a questão das ambulâncias que estão estacionadas nos centros de saúde por uma questão de posicionamento estratégico, e que nada fazem caso haja alguma urgência relacionada com o próprio centro onde estão. É esta falta de flexibilidade de serviçoes e funções que, no nosso país, foi veiculada pelo chico-espertismo do "só faço aquilo que tenho de fazer".
Quanto ao ponto acerca dos médicos "picarem o ponto" já não podemos concordar. A hora de entrada é, sim, um ponto importante, mas não nos podemos esquecer que o horário da actividade médica é feita de acordo com o caso clínico que se analisa. Ou seja, será sempre difícil contabilizar o tempo que cada médico gasta em cada caso. Desta forma, um médico que entre à hora X, nunca saberá quão longo será o seu dia de trabalho, e, se exceder o seu horário - ou hora de saída - estará no direito de o compensar no dia seguinte, entrando mais tarde, ou saindo mais cedo.
Tem toda a razão, os horários dos médicos têm de ser jsutificados e controlados, para acabar com esta oligarquia vergonhosa que subsiste no nosso país. Mas é também facto que isso nunca pode ser feito, estabelecendo balizas de entrada e saída, apesar de haver algumas especialidades onde seria mais fácil a sua aplicação, que outras.
É um caso complicado, o dos trabalhadores da saúde e o dos funcionários públicos supranumerários em geral, mas cada actividade tem que ser analisada caso a caso; ainda que tenha de facto de ser analisada e resolvida; e não falar, falar, falar e deixar que as cabeças deste corporativismo que se herdou do Estado Novo, que são as Ordens, tenham qualquer influência sobre aquilo que é decidido para os destinos do país, por aqueles que por ele foram eleitos.
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