06 janeiro 2007

MAIS DESEMPREGO!

“A Direcção da empresa Yazaki Saltano vai mesmo avançar com o processo de despedimento colectivo de 533 trabalhadores da unidade fabril de Ovar. A notícia foi avançada, ontem, pelo Sindicato das Indústrias Eléctricas do Centro (SIEC), por intermédio de um seu representante, Américo Rodrigues.”

Segundo o sindicalista, “a produção de cablagens para o modelo Corolla da marca Toyota vai parar de vez no próximo dia 24, altura a partir da qual os operários começarão a ser dispensados”.
Notícia vinda a público, no J.N. de hoje.

Começo de Ano amargo, para estes 533 trabalhadores, que vão ser atirados para o desemprego contra a sua vontade.
É lamentável que estas empresas multinacionais, quando lhes acaba as benesses, “viram as agulhas” para outras paragens, como Marrocos, Eslováquia, República Checa, etc.
Onde a mão de obra é mais barata, e irão com toda a certeza, beneficiar nesses países emergentes, de benesses fiscais.

Enquanto a “mama durou”! Aqui se saciaram e encheram os bolsos. A “mama acabou”! Toca a dar de “frosques” para outras paragens.
É infelizmente a triste sina, de muitos e muitos trabalhadores, nesta área industrial ligada às multinacionais, nunca sabem se amanhã…têm emprego.
É urgente! Legislação comunitária, que impeça estas barbaridades para com os trabalhadores, por parte das multinacionais.
Que despejam autenticamente no desemprego, e na miséria, centenas e centenas de trabalhadores.
Algo tem que ser feito!

8 comentários:

Anónimo disse...

O que poderá ser feito? Obrigar a empresa a manter trabalhadores, sem ter trabalho para eles? Até estoirar por falência?
Os trabalhadores, que se adaptem aos novos tempos, adquiram competências e valorizem-se profissionalmente, só assim podem aspirar a um outro emprego.
O Estado, não pode ser a Santa Casa da Mesericórdia, dos desempregados destruturados.

Beezzblogger disse...

Primeiro, se o amigo Margaride me permitir, quero dizer ao Sérgio Martins o seguinte:

1º As deslocalizações destas e de outras empresas, não são por motivo da falta de profissionalismo dos seus trabalhadores mas sim por falta de Profissionalismo dos empregadores, e isto porque, só querem o lucro fácil e o lucro fácil é:
a) Produção a quanto obrigas, com baixos salários
b) Benesses fiscais por 10, 15, 20, 30, ou mais anos, tantos quantos elas cá ou onde se encontram permanecem, acabando essas benesses, piram-se...
Isto é falta de profissionalismo, e mais é uma falta de respeito para com todos os cidadãos do país onde essa MULTINACIONAL se encontra.

2º Quando os salários começam a ser quase equiparados à inflação (aqui em Portugal estamos a anos luz disso) essas empresas não obtém tanto lucro, logo procuram, explorar escravos noutras paragens.

3º S e fosse feito aqui em Portugal, o que foi feito aqui ao nosso lado, na vizinha Espanha, aquando da entrada das Multinacionais, que foi o seguinte:
a) Uma empresa MULTINACIONAL para se instalar em Espanha, tem de dar um produto exclusivo para os Espanhois, foi assim com a RENAULT, com a VOLKSWAGGEN, é assim com a COCA-COLA, e será assim comtodas, sempre que esta politica se mantenha, e claro tem as benesses fiscais, mas os Espanhois consomem o triplo dos produtos por eles mesmos produzidos em detrimento das produzidas globalmente.

A CULPA É DE QUEM? DOS SUCESSIVOS GOVERNOS ( PERDOE-ME A EXPRESSÃO AMIGO MARGARIDE E CARO SÉRGIO) DE MERDA, QUE TEMOS TIDO AO LONGO DOS ANOS, NÃO É CULPA DOS TRABALHADORES, QUE SÃO DOS POVOS DO MUNDO QUE MAIS TRABALHAM, DISSO TENHO A CERTEZA, QUER QUEIRA QUER NÃO É ASSIM.

Abraços do Beezz

victor simoes disse...

Aqui está um tema interessante. E pelo que vejo, polémico também.
O principal problema a meu ver, é precisamente o que o Beez, refere,a busca de mercados emergentes de mão d'obra barata.
Também o amigo Sérgio Martins tem a sua razão, os nossos trabalhadores, são bons... mas só sabem fazer o mesmo e mais do mesmo, não pensam em adquirir outras competências e quando a situação de desemprego se lhes depara, é um ai Jesus.
Conheço a Yasaki Saltano e os processos de produção e efectivamente, quem não adquiriu outras competências, não sabe fazer mais nada.
Mas Bezz, temos de entender que neste mundo, já nada é como no tempo dos nossos pais, ninguém pode esperar trabalhar toda a vida na mesma empresa.
Não existem, empresas e lugares vitalicios. Como tal, temos de nos adaptar ao mundo global.
É a realidade, é dificil encaixar, mas é verdade.
O trabalhador actual, tem que olhar pela sua vida. A velocidade com que as mudanças se deparam, faz com que, cada quatro (4)anos o conhecimento duplique... e se não nos actualizamos, estamos fora!

Um grande abraço

Mário Margaride disse...

Amigo Simões, eu também conheço muito bem a Yazaki Saltano. Trabalha lá uma filha minha. E sei perfeitamente o que se passa com a produção das cablagens. Ainda há uns meses, a minha filha foi a Marrocos dar formação, exactamente numa dessas unidades, as quais serão as substitutas das aqui existentes, tanto a de Ovar, como a de Arcozelo, em Gaia, onde a minha filha trabalha.
E sabe quanto ganham em Marrocos? Menos de metade do que aqui em Portugal. Portanto não se trata de haver ou não haver ttrabalho! Trata-se apenas, de ser mais rentavel para a Yazaki. Tanto no caso de Marrocos, como na Eslováquia. Veja-se a diferença nos ordenados que aqui ganham, e o que ganham nesses países que referi, menos de metade. É isso que está em causa, mais nada.
Temos que se saber primeiro, de que é que estamos a falar!
Se não...entramos em equívocos.
Um abraço

M.Margaride

Bendix2006 disse...

Esta é peste do nosso tempo, desemprego. Temos de facto que conviver, com os sinais de um mundo em mudança a velocidade nunca antes vista... concordo com o Victor, temos de nos adaptar.

abraço

Anónimo disse...

A globalização é isto mesmo.O tema de hoje é competir.As empresas são entidades estranhas impessoais.A maioria não tem qualquer raíz a Portugal.Mais perante o acto global meus amigos as empresas estão em constantemutação e contra os custos,pois os países emergentes não sobem os ordenados.Pode fazer-se outra coisa...transferir todo o sistema produtivo para aqueles países-China,Índia,Paquistão...Seria a morte da economia europeia e até mundial (países) mas não as empresas que hoje têm a sede fiscal aqui,amanâ ali!Querem lá saber!

Portugal para lá de já não ter os salários baixos em relação a países modernos na UE,também tem um sistema fiscal punitivo!
Depois fica ainda mais caro o transporte para a Europa Oriental dos produtos do que se houver um país produtor central europeu!

Não há mais emprego definitivo....a partir do dia 01JAN07 nem na função pública para os do quadro!

Eu escrevi aqui que o subsídio de desemprego a pouco e pouco acabará...e vai acabar!!

Disse aqui que o aumento do ordenado mínimo a mim não me diz nada,pois para o eceber tem que se estar a trabalhar,esse sim é que é o problema.Com o aumento do ordenado mínimo faz-se o fastamento das grandes empresas que aqui pagam quaze muito mais de IVA,em tudo,sem razão por má condução política.

Sem produção,sem exportação,aumentarão mais os impostos,pagaremos a sáude cada vez mais e em breve acabarão os direitos sociais...


VIVA O PBX e a questão fulcral para o país que é o ABORTO!

Curioso é tão importante que o 1º ministro até vota NÃO,mas avançou com isto para entreter o Zé Povinho!

O pior cego é aquele que não quer ver!

Abraços
Mário Relvas

victor simoes disse...

MMargaride, o que me diz não é novidade, não contestei a ideia da busca de países de mão d'obra mais barata. O que afirmo é a necesidade dos portugueses se adaptarem. O mundo, não vai mudar nem ser diferente, só para os portugueses! É a globalização! Não tem retorno, o jeito será por nós tomar-mos iniciativa e andar da perna.
Daqui a pouco tempo, já os novos países que aderiram à CE, nos passam à frente, os seus trabalhadores são mais especializados que os nossos. Farão a diferença. Países emergentes como Marrocos e outros, também não serão futuro, as multinacionais estarão lá, até sugarem esses povos e rezando, para que os terroristas, não se lembrem de deles! O mundo, já não é o que era, e os sentimentos românticos de Nacionalidade não existem nas multinacionais.

Um abraço

Mário Margaride disse...

Tudo isso é verdade, meus amigos. E infelizmente para estes, e muitos outros mais, o azar deles é não serem funcionários públicos. Se o fossem! Já estariamos aí com uma greve à perna. Mas não são...
Sabem meus amigos! Aqui em Portugal só se "berra", quando é a função pública! Quando são os privados. Não se liga!
Há isso sim, muita hipocrisia neste país. Onde de facto os mais desfavorecidos, continuarão a se-lo cada vez mais.
É de facto lamentável!

Um abraço
M.Margaride

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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