Soube da notícia dizendo que um conhecido cantor pediu uma avultada indemnização por o seu carro ter sido bloqueado durante mais de uma hora. O que merece reflexão não é isso ter acontecido a um notável, mas simplesmente por ter acontecido.
Já há tempos escrevi uma carta aos jornais a expressar a «dúvida» sobre a filosofia que assiste a tal repressão. Parece haver uma ausência de lógica nesta actuação das forças policiais. Procurando compreender, tenho de partir da função do Estado e da sua máquina administrativa e policial repressiva que é suposto destinar-se a garantir ao cidadãos os seus direitos, liberdades e garantias constitucionais. A seguir, deduzo que as proibições de estacionamento num dado local destinam-se a facilitar a vida dos cidadãos quanto a circulação de veículos ou de peões. Até aqui a lógica, teoricamente, não é criticável e continuaria a não o ser se os carros mal estacionados, com prejuízos para terceiros fossem rebocados a fim de deixarem de lesar os outros cidadãos.
Porém, ao contrário do reboque, o procedimento dos bloqueios vai contrariar qualquer lógica ou racionalidade, pois acaba, na prática por obrigar o carro a prolongar desnecessariamente a sua permanência num local em que prejudica outros. Além de o motorista causar danos aos interesses alheios, as autoridades prolongam no tempo esses danos.
Porquê esta insensatez?
Sr perguntarmos ao agente, ele, pelas suas palavras, traduz um acto de vingança, dirigido ao motorista por ter praticado uma infracção, a qual não era grave, visto lhe ser dada continuidade desnecessária.
E os pressupostos atrás referidos não passam de meras especulações teóricas, pois:
- O Estado e as máquinas administrativa e repressiva não evidenciam vocação para facilitar a vida dos cidadãos mas, pelo contrário, apenas para lhes sacar mais dinheiro, para o tratar com uma repressão e um sadismo sistemáticos;
- A finalidade da proibição do estacionamento raramente é justificada pelo benefício ao cidadão, mas sim para aumentar os lucro das empresas municipais ou da «confiança» dos autarcas cujo negócio consiste em gerir os parques subterrâneos e o parqueamento à superfície.
- O bloqueamento dos carros, embora agrave o pretenso inconveniente do estacionamento ilegal, é praticado por mero sadismo e desejo se retaliação por parte da lei e dos seus agentes.
- Em tudo isto ressalta a posição incoerente do Estado e seus agentes em relação à população, considerando-a não como objectivo a defender, mas como inimigo a abater (através de multas, coimas e outras sanções, ao mínimo pretexto).
Já há tempos escrevi uma carta aos jornais a expressar a «dúvida» sobre a filosofia que assiste a tal repressão. Parece haver uma ausência de lógica nesta actuação das forças policiais. Procurando compreender, tenho de partir da função do Estado e da sua máquina administrativa e policial repressiva que é suposto destinar-se a garantir ao cidadãos os seus direitos, liberdades e garantias constitucionais. A seguir, deduzo que as proibições de estacionamento num dado local destinam-se a facilitar a vida dos cidadãos quanto a circulação de veículos ou de peões. Até aqui a lógica, teoricamente, não é criticável e continuaria a não o ser se os carros mal estacionados, com prejuízos para terceiros fossem rebocados a fim de deixarem de lesar os outros cidadãos.
Porém, ao contrário do reboque, o procedimento dos bloqueios vai contrariar qualquer lógica ou racionalidade, pois acaba, na prática por obrigar o carro a prolongar desnecessariamente a sua permanência num local em que prejudica outros. Além de o motorista causar danos aos interesses alheios, as autoridades prolongam no tempo esses danos.
Porquê esta insensatez?
Sr perguntarmos ao agente, ele, pelas suas palavras, traduz um acto de vingança, dirigido ao motorista por ter praticado uma infracção, a qual não era grave, visto lhe ser dada continuidade desnecessária.
E os pressupostos atrás referidos não passam de meras especulações teóricas, pois:
- O Estado e as máquinas administrativa e repressiva não evidenciam vocação para facilitar a vida dos cidadãos mas, pelo contrário, apenas para lhes sacar mais dinheiro, para o tratar com uma repressão e um sadismo sistemáticos;
- A finalidade da proibição do estacionamento raramente é justificada pelo benefício ao cidadão, mas sim para aumentar os lucro das empresas municipais ou da «confiança» dos autarcas cujo negócio consiste em gerir os parques subterrâneos e o parqueamento à superfície.
- O bloqueamento dos carros, embora agrave o pretenso inconveniente do estacionamento ilegal, é praticado por mero sadismo e desejo se retaliação por parte da lei e dos seus agentes.
- Em tudo isto ressalta a posição incoerente do Estado e seus agentes em relação à população, considerando-a não como objectivo a defender, mas como inimigo a abater (através de multas, coimas e outras sanções, ao mínimo pretexto).
1 comentário:
Caro João Soares,
estou de acordo consigo.
O bloqueamento é uma artimanha:
-Bloqueiam o carro para ser rebocado.Como há poucos reboques é evidente que não o rebocam, cobrando ao "cliente" dois valores:
a)o valor da coima - auto de transgressão
b)o valor do reboque que dizem já estar accionado pelo que terão de o pagar!
Sei que os agentes ou empregados camarários trabalham sobre ordens expressas, mas isto é surreal!A PSP está só a bloquear aqui em Braga carros nas passadeiras e em zonas de afectação da mobilidade e grande transtorno ao cidadão e sua circulação!
Mas digo-lhe que a PM trabalhou bem na cobrançade rebocadeals não efectuadas...onde pára esse dinheiro??
Com a chegada da PM,foram comprados dois reboques marca "amigo" da Hyundai, pela CMB.A única coisa que a PM fazia era rebocar, bloquear os carros todos que pudesse...os cidadãos pagavam e nao bufavam, os que nãoligavam para o cmdt da PM ou para algum manga de alpaca da CMB (aí eram de imediato dispensados de qualquer coima, apresentação de documentos ou outro.Havia pessoas que ligavam para a Agere (Águas e lixo EM) ou para outra qualquer entidade da CMB e resoloviam o problema...
A prevenção, a preocu+ação em fluir o trânsito, a velha máxima de que um polícia é um juíz com pensar próprio e independente naRUA MORREU.Faz-se o que se lhes obriga, simplesmente por papelad escrita e depois sem lhes dizer nada rasgam as "multas", os papéis das transgressões.Assim se passou na PSP também no reinado de alguns comandantes....
Com um abraço pela prevenção e preserveração da sensatez nas forças de segurança!
Já agora o que pensa o meu amigo das inúmeras "empresasitas" de segurança que proliferam pelo país interior a que dão o nome de PM?
Nas últimas eleições autárquicas o Presidente da CMBraga (dizem...) ordenou que se parasse com as autuações ao povinho porque estvamos perto das referidas eleições!...
Mário Relvas
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