30 novembro 2006
SEXUALIDADE
E mais complicado se torna, quando essa situação acontece com os jovens, não todos, claro! Mas ainda com muitos.
E isso é culpa de todos nós, os mais velhos. Que somos pais, educadores, sociedade em geral.
Mas principalmente...das religiões, sejam elas quais forem.
Em casa os jovens, raramente falam de sexo com os pais. Muitos desses pais, seguindo um determinado tipo de educação que tiveram, e agarrados, a dogmas religiosos, castram a vida sexual dos filhos.
Impondo-lhes valores, desajustados do século 21.
E porquê? Porque também eles, foram educados, nesses valores religiosos, que também a eles...os castraram.
Tais como: Virgindade até ao casamento, que o sexo era basicamente, para a reprodução da espécie...nada de pílula, nem preservativo, etc., etc...!
Temos que ter em linha de conta, que é imperativo o ensino de educação sexual nas escolas.
Educação racional e equilibrada, em função das faixas etárias dos alunos, sem tabus, nem dogmas religiosos.
Por especialistas como, sexólogos, professores de biologia, e ciências naturais, por exemplo.
Devem ser essas pessoas, mais habilitadas, a ensinar os jovens, naquilo que têm necessidade de saber.
Mas repito! Profissionais esses, livres de dogmatismos religiosos.
Pessoas isentas. Que não estejam ligadas, nem a nenhuma confissão religiosa, nem a qualquer organismo similar.
Porque não tenhamos ilusões!
Todos sabemos que as religiões, sejam elas quais forem...condicionam a sexualidade das pessoas! Principalmente a dos nossos jovens.
É imperativo de uma vez por todas, acabarmos com o tabu da sexualidade
E ensinarmos aos jovens…a ter uma vida sexual, saudável, responsável, e sem tabus.
Temos de o fazer, já!
29 novembro 2006
AINDA A PURGA NO PCP
Pois é! Um dia destes, baseado na frase citada, eu lamentei a atitude da direcção do (PCP) por ter tomado tal medida e, ao mesmo tempo, acrescentar entre outras coisas, que aquela direcção já fazia o que a direita há muito tempo tem vergonha de fazer. Tal e qual, não retiro uma vírgula, ainda que esta esteja fora do sítio, não só para reafirmar tudo o que na altura escrevi, mas, ainda, para demonstrar quem são os revisionistas e as toupeiras. Naquela altura não utilizei esta última palavra, mas, agora, com o passar do tempo, de amadurecer, cheguei à conclusão de que ela fazia falta naquele meu texto agora tão criticado por algumas pessoas.
Quanto aos que não trabalham, já lá vão dezenas de anos, pois bem, quem quiser que lhes ponha o nome aqui neste "Jornal" ou em qualquer outro, faça o favor de o solicitar. Rapidamente o direi.
Quanto ao ser anti isto ou aquilo, só tenho a dizer o seguinte: quem for livre pode ser o que quiser, incluindo o ser anti.
Quem quiser, estou aberto a esclarecer qualquer dúvida. É só dizer...
Contudo, não é uma exigência, mas gostava que as pessoas interessadas viessem fazer o debate no local que lhe deu origem.
Assim é que seria um verdadeiro debate. Sem medo de qualquer tipo de represália. Bem, eu aqui estou a meter a foice em seara alheia, mas era muito mais correto, garanto!
David Santos
Balada da Neve
Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.
É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
– Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!
Olho a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...
Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança...
E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê los!...
Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...
E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
– e cai no meu coração.
Augusto Gil (1873 - 1929 )
Augusto César Ferreira Gil nasceu em Lordelo do Ouro (Porto), em 1873.Estudou inicialmente na Guarda, donde os pais eram oriundos, e formou se em Direito na Universidade de Coimbra. Começou a exercer advocacia em Lisboa, tornando se mais tarde director geral das Belas Artes.
Frequentador de tertúlias literárias, reconhecem se na sua obra influências de Guerra Junqueiro, do simbolismo e, pela sua veia popular, de João de Deus. Também influenciado pelo lirismo de António Nobre, a sua poesia insere-se numa perspectiva neo romântica nacionalista.
Cultivou uma poesia simples, de tom sentimental e nostálgico, coloquial, por vezes satírica, retratando circunstâncias prosaicas do quotidiano.Augusto Gil faleceu em Lisboa, em 1929.
Obras poéticas: Musa Cérula (1894), Versos (1898), Luar de Janeiro (1909), O Canto da Cigarra (1910), Sombra de Fumo (1915), Alba Plena (1916), O Craveiro da Janela (1920), Avena Rústica (1927) e Rosas desta Manhã (1930).Crónicas: Gente de Palmo e Meio (1913).
Meus amigos perdoem-me, mas não resisti hoje que tb eu estou nostálgico, a publicar este poema de um dos poetas que mais gosto.
Um abraço para todos os bloggers
CHEFES ALERTAM PARA PERIGO DAS RESTRIÇÕES MILITARES
A carta que as chefias militares escreveram
Extraído do Diário Digital - 2006/11/29 14:36
Responsáveis querem alertar para os perigos das restrições militares
Tendo em atenção «os poucos trabalhos preparatórios conhecidos e alguns discursos vindos a público», os chefes militares deduzem que «as medidas restritivas recentemente desenhadas para os militares partem do falso pressuposto de os militares se encontrarem em igualdade de condições com os funcionários civis e de as Forças Armadas estarem em idêntico plano funcional ao dos restantes serviços da Administração Pública», lê-se na carta.
Não questionando «a sujeição dos militares ao esforço de contenção exigido a todos os cidadãos pela gravíssima crise que o país atravessa», o CEMGFA adverte que «entre os militares e os funcionários civis não existe identidade alguma», exceptuando o facto de serem todos servidores do mesmo Estado.
«A condição militar», escreve Mendes Cabeçadas, «traduz-se num complexo de deveres e direitos interligados numa simbiose indissociável».
A carta do CEMGFA enumera algumas das especificidades da condição militar que «não têm qualquer correspondência no âmbito da Administração Pública civil»: deveres de isenção política, partidária e sindical; ausência de direito à greve; restrições a direitos de reunião, manifestação, associação, petição colectiva, liberdade de expressão e capacidade eleitoral passiva.
Além destas limitações, refere a carta, a condição militar implica a «permanente disponibilidade para lutar em defesa da Pátria, se necessário com o sacrifício da vida», bem como a «sujeição a um duro regime disciplinar, com penas privativas da liberdade», entre outras.
Os chefes militares, através da carta de Mendes Cabeçadas a Severiano Teixeira, lembram que é a própria lei que estabelece a «consagração de especiais direitos, compensações e regalias, designadamente nos campos da segurança social, assistência, remunerações, cobertura de riscos, carreiras e formação».
Por isso, escreve o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, «não se afigura sustentável, com o atractível argumento da igualdade de sacrifícios exigidos a todos os cidadãos, cercear os escassos benefícios concedidos aos militares».
«A apreensão das chefias militares aumenta com a percepção que têm do clima de perturbação que existe no meio militar, começando pelas medidas respeitantes aos descontos dos subsistemas de saúde que, aliás, por razões que se desconhecem, são mais gravosas que as previstas para as forças de segurança», refere a carta.
Mendes Cabeçadas lembra que já em Março alertara o ministro «para o clima de insatisfação e mesmo de frustração que se estava a gerar no meio militar, não se dispensando as chefias militares de esforços para minimizar o impacto negativo desses sentimentos e conter quaisquer medidas contestatárias».
NOTA: Esta carta vem mostrar que se estava dentro da razão quando aqui foram colocados os textos seguintes:
- Em 22 Nov, «Condições dos militares»
- Em 24 Nov, «Militares perderam pontos?»
- Em 29 Nov, «Os polícias querem ter direito a greve»
Condomínios ou “Ilhas ao Alto”.
1. Tenham em atenção, que deverão ver sempre a planta total, e particular do objecto da compra.
2. Certifiquem-se das contas do condomínio, se for o caso de ele já existir, ou se for novo o andar, de que o empreiteiro já o constituiu no âmbito da propriedade horizontal, pois é o ser dever.
3. Cuidado com as falsas promessas, tipo parabólicas e outras que mais.
Estes são os principais, embora haja outros relacionados com o imóvel, mas que para efeitos de condomínio pouco adianta.
O estado quer lá saber desta situação, demora na resolução dos problemas e legisla mal, e não fiscaliza os empreiteiros que constróem á balda. Espero ter contribuído para algo com este post.
Inocência
Aulas de substituição?
Quer, queiras, quer não...
Alunos protestam por todo o país, o sentido fortuito das aulas de substituição.
A obrigatoriedade elimina a vontade própria de cada ser, quando este se sente autónomo para gerir o seu tempo de forma mais proveitosa.
Estas aulas fariam todo o sentido, aquando um “furo” se houvesse coordenação em função das dificuldades intelectuais dos alunos a certas disciplinas, onde as estatísticas fomentam a falta de aproveitamento.
Embora aqui se trate de um factor adolescência versus autonomia, é preciso não confundir tempo com aproveitamento.
O ensino merece mais respeito, não vamos agora “tapar o sol com a peneira”, de qualquer forma deliberadamente, em função do insucesso escolar.
É necessário inovar, investir nesta discrepância, a do saber e aprender.
Quando se constrói uma família é preciso educar, os educandos de forma que se encontre um consenso que seja favorável para todos.
Entretê-los de qualquer forma não é a solução, note-se que os alunos do ensino secundário já não são mais crianças. Precisam de espaço para se prepararem para o futuro.
Esse futuro só depende deles e não das aulas de substituição.
Eu também já fui estudante, não vale apena dizer “eu ainda sou do tempo que o arroz quinze só custava catorze”...
Conceição Bernardino
RELAÇÕES INTERNACIONAIS ENTRE AMOR E MEDO
É frequente ler-se em textos com pretensões éticas que os comportamentos das pessoas são condicionados pela poderosa influência de dois pólos opostos – o Amor e o Medo. Quando preponderante a influência do Amor, há amizade, compreensão, abertura, confiança, generosidade, e as pessoas vivem em harmonia, bom entendimento, diálogo e felicidade. Pelo contrário, se a força dominante vem do lado do medo, tem preponderância a desconfiança, o ódio, a inveja, o desejo de vingança, etc. e, nessas condições, a vida é um martírio permanente, um desassossego e ansiedade que impedem a felicidade.
E, como os Estados são, na sua essência, pessoas, estão forçosamente condicionados por aqueles dois pólos. Quando se destaca o bom entendimento e a confiança, há paz, desenvolvimento com cooperação e ajuda mútua. Pelo contrário, quando impera o medo e a desconfiança, o tom das relações torna-se confuso e ruidoso, sendo a tensão de tal forma alta que pode estalar o conflito aberto a qualquer momento.
Vem isto a propósito de dois títulos convergentes no Diário de Notícias de 28 de Novembro: «O medo recíproco nas relações internacionais» do Professor Adriano Moreira e «Rússia ainda desconfiada» de Patrícia Viegas. O aparecimento destes títulos pode resultar numa chamada de atenção dos estrategas ou pode apenas constituir um augúrio realista da evolução do actual estado do mundo, à beira do abismo.
Oxalá os actores que actualmente se encontram em cena no palco global, compreendam que o bom entendimento é benéfico para toda a população mundial, que bem precisa de ser bem governada em paz e desenvolvimento.
NOTA: Sobre este tema, ler os artigos colocados no blogue A Voz do Povo «O mundo Amanhã» em 7 de Outubro, «Chover no molhado. Uma visão sobre a maldade humana» em 13 de Novembro e «Relações Internacionais são Interesseiras», em 14 de Novembro
28 novembro 2006
O Pior Português de sempre
Meus amigos, muito interessante e curiosa a votação ao pior português de sempre. Na minha opinião peca por faltarem ali alguns figurões!
Mas deiem uma espreitadela e já agora, podem votar até 30 de Novembro.
"Hoje, 27-11-2006 pelas 17:00, Mário Soares mantém a posição dianteira com 29% dos votos. Mas na segunda semana houve uma grande transferência de votos para Jorge Sampaio (agora com 17%) e José Sócrates (com 14%), que ultrapassaram Salazar, que tem neste momento 11%. A luta parece, portanto, reduzida a este quarteto - deixando Cavaco Silva, Álvaro Cunhal, D. Sebastião, Afonso Costa, António Guterres, Otelo, Vasco Gonçalves, Rosa Coutinho, Pina Moura, Almeida Santos, o Marquês de Pombal, Miguel de Vasconcelos, João Franco, Cristóvão de Moura e Marcello Caetano a grande distância; Costa Gomes não recebeu ainda nenhum voto. "
in doportugalprofundo
Homenagem ao poeta Mário Cesariny.
Quando o poeta canta a dor
consumindo-a nas entranhas
parindo-a ao decorrer da pena
o sol esconde-se para chorar
porque a dor do poeta
é a dor de quem vê mais longe
é aquela que vive nas asas do pensamento.
Quando é do amor que fala
empolga-se ardendo no desejo
de quem sabe que o amor é louco
e que canta com a sua pena
a entrega sôfrega dos amantes
que guiados pela sede dos sentidos
se entregam aos prazeres mais sentidos.
Quando canta a paz sossega-se no que faz
apaga a guerra, esconde o ódio e o rancor
usando uma tinta especial
que não pode ser vista por qualquer um
somente por aqueles de coração especial
que acreditam que é possível viver num mundo
em que homens são todos irmãos.
Ao cantar a liberdade o poeta empolga-se
porque a liberdade é coisa especial
grita alto ao correr da pena
ora convida o mar para se revoltar
ou canta com ele uma doce canção
convidando os Homens a serem livres
e abrirem as portas das prisões.
E quando já não canta nada
é porque chegou a hora da partida
a hora doce em que para recordação deixa
seu carácter impresso nas palavras
que deixou ao decorrer da pena
ideias que compartilhou com a noite
escritas na intimidade do seu quarto.
Mas a verdade é que o poeta vive para sempre
no coração daqueles que ousaram ver
para além do que os olhos comuns vêem
vive no brilho do sol e no som do mar
no sorriso de cada criança que nasce
no suspiro dos enamorados
vive eternamente! Vive!
(Em homenagem ao poeta criei este poema)
O AMANHÃ
Circundando o espaço, em que me encontro
Olhando em todas as direcções
Vejo…semblantes carregados, tristes…
Interrogo-me, que se passará?
Porquê estes semblantes?
Velhos, novos, de todas as idades, o semblante é o mesmo
Que lhes terá acontecido!
Porque estão tão cabisbaixos?
Continuo a olhar à minha volta
E então começo a compreender
Aquelas expressões de desalento, de desânimo…
Estão assustados!
Diria mesmo…aterrorizados, com o amanhã...
Não sabem sequer, se têm amanhã!
Ninguém o conhece, é algo estranho, cinzento, desconhecido…
Depois de observar, aquelas expressões
Aqueles semblantes assustados, disse-lhes!
Meus amigos!
O amanhã…o nosso amanhã, está nas nossas mãos!
Temos que ser nós hoje, a construí-lo
Não fiquem assustados, aterrorizados, com o amanhã
Ele não se constrói sozinho!
Temos que ser nós, todos nós!
A pegar nele, nas nossas mãos
E temos que começar já, a construí-lo
Ninguém mais o pode fazer!
De repente…!
Aquelas expressões, de inquietação, de insegurança, de medo…
Se modificaram!
Começando ali mesmo, de imediato…
A construir, o amanhã...
OS POLÍCIAS QUEREM TER DIREITO A GREVE
Este título de uma notícia nos jornais de 28 de Novembro surpreendeu-me, não porque tenha algo contra tal desejo dos guardiões da ordem pública a quem o povo muito deve, mas porque, na minha ingenuidade infantil (apesar de cabelos brancos e rugas), estava convicto de que eles já tinham tal direito.
Esse convencimento formou-se quando, há poucos meses, os governantes, ao reduzirem aos policias e familiares os apoios de saúde e outras «regalias» que vinham usufruindo, usavam o argumento de que os funcionários públicos são todos iguais em direitos e a tendência era a de igualar as condições de todos os cidadãos, pelo que os polícias tinham que alinhar com os restantes funcionários.
Embora tivessem surgido vozes a explicar que os polícias não são cidadãos iguais aos outros e que têm restrições de direitos, liberdades e garantias, as quais são compensadas pelas tais «regalias», os governantes, como detentores do poder, não hesitaram em manter a decisão.
Nestas condições, como ainda penso que os governantes são coerentes e actuam com racionalidade, lógica e de forma consequente, fiquei convicto que o polícias e militares, tal como qualquer funcionário público, incluindo os juízes (que até se intitulam órgão de soberania), passaram a ter direito de se manifestarem publicamente e de fazerem greve. Só assim se compreende a igualdade.
Afinal, estava enganado! Mais uma desilusão a convencer-me de que, em questões políticas, a lógica não passa de uma batata.
Sobre este tema, já em Abril p.p. foi publicada nos jornais a seguinte carta
Polícia é Funcionário Público?
(Publicada em 25 de Abril de 2006, p. 17)
Em plenas férias da Páscoa, é oportuno reflectir sobre quem é funcionário público. Há alguns meses, surgiu a ideia socialista e teórica de igualar todos os funcionários públicos, acabar com as regalias dos polícias quanto à passagem à reforma e ao apoio de saúde, reduzir as férias dos tribunais, etc. Teria sido muito eficiente e justo se não houvesse circunstâncias diferentes. Por exemplo, em dias em que as polícias estão em força nas estradas para garantir mais segurança a quem vai e vem de férias e nas cidades para dar segurança às casas pontualmente desabitadas e aos turistas que nos visitam, pergunta-se: quantos juizes estão activos, quantos professores estão no exercício das suas funções didácticas, quantos funcionários das Finanças estão nos seus postos de trabalho, etc. Por outro lado, quantos destes funcionários são abatidos violentamente no exercício das suas funções, durante o ano?
Para enfatizar esta reflexão, não podemos ignorar que mais de metade dos deputados da AR anteciparam a ida para férias na quarta-feira santa a ponto de inviabilizarem a votação prevista de nova legislação, dando um péssimo exemplo ao País. E o que é inconcebivelmente grave é que alguns, antes de se ausentarem, assinaram a folha de presenças.
Sem dúvida que devemos ter mais consideração pelos agentes policiais e bombeiros e recompensar a sua disponibilidade permanente e os riscos a que a sua actividade os obriga, e o que isso representa para os seus familiares. Constitui um erro insensatamente crasso considerá-los em situação semelhante à dos vulgares funcionários públicos.
A. João Soares
QUE RUMO PARA A JUVENTUDE ?
Parece não haver grandes dúvidas de que estamos a atravessar um período crítico e, possivelmente, a entrar numa era de destruição de todos os valores da vida da humanidade. A comunicação social deixou de ser um instrumento de instrução e de apelo aos bons comportamentos, para ir ao encontro dos mais baixos instintos, aliciando para o facilitismo, realçando pessoas menos válidas moralmente, que depois são seguidas como modelos a imitar.
Isto mostra que os jovens estouvados já não são apenas os adolescentes mas muitos adultos, pais desses jovens. Os jovens já não têm na sua proximidade alguém que os esclareça e os ensine a encarar a vida com maturidade. Basta reparar nas notícias das inúmeras famílias que estão falidas devido ao mau uso de cartões de crédito, de compras a prestações, de consumismo exagerado sem controlo. E agora, com a proximidade do Natal, o caos acentua-se para não ficar atrás dos colegas e dos vizinhos, sendo um deitar dinheiro à rua sem qualquer senso.Penso que os utilizadores de blogues e os que trocam e-mails, devem ir destilando umas gotas de bom senso. Talvez algumas sementes caiam em terreno fértil e se propaguem as boas ideias. Temos que alimentar a esperança e irmos exercendo a melhor influência à nossa volta, chamando as pessoas à reflexão realista sobre o mundo de amanhã.
QUANDO O BURRO, DEIXOU DE O SER
Além de ser Burro de nome, é “Burro”, por ser menos “inteligente” que os restantes irracionais.
Não sei exactamente, porque o consideram mais estúpido, do que os restantes animais irracionais.
Mas…é assim que está convencionado! Assim seja.
Ora quando um outro animal, esse racional. Tem comportamentos ou atitudes, pouco condizentes, e menos inteligentes.
Logo lhe chamam Burro!
Ora o asno animal, ou seja o Burro, propriamente dito.
Já há muito que deixou de o ser. Não Burro! Porque Burro será sempre. Mas “Burro”…é que o dito Burro, estava farto de ouvir chamarem-lhe “Burro”. Por ser lento…pachorrento, teimoso, em relação aos outros animais, vai se lá saber porquê? Estava farto e pronto! Farto de ouvir chamarem-lhe “Burro”…!
Resolveu então mudar de vida. Começou a ser mais ágil, mais atento, menos preguiçoso, menos pachorrento, mais inteligente.
E então começou a ser respeitado pelos demais animais.
Será! Que os outros Burros, esses racionais, ainda querem que lhes continuem a chamar esse pouco dignificante adjectivo!
É que nem os próprios Burros, gostam, que lhes chamem “Burros”! Esses…há muito que deixaram de o ser
27 novembro 2006
ATÉ SEMPRE, MÁRIO!...
homem te tornas-te e seguiste o teu caminho,
aos maldosos perdoas-te, lhes deste amor e carinho,
a todos nos ensinas-te sem nos marcares um destino
Hoje é mais um dia, do sempre que vais viver,
alma grande e coração sublime,
sempre te iremos amar e ler,
querido Mário Cesariny
ATÉ SEMPRE, MÁRIO!
david santos
ALGUNS COMENTÁRIOS (PRÓPRIOS E ALHEIOS) QUANTO AO QUE SE PASSA NO NOSSO ENSINO.
“Ora vejamos com atenção o exemplo de uma vulgar turma do 7º ano de escolaridade, ou seja, ensino básico. Ah, é verdade, ensino básico é para toda a gente, melhor dizendo, para os filhos de toda a gente!
DISCIPLINAS / ÁREAS CURRICULARES NÃO DISCIPLINARES:
1. Língua Portuguesa
2. História
3. Língua Estrangeira I – Inglês
4. Língua Estrangeira II – Francês
5. Matemática
6. Ciências Naturais
7. Físico-Químicas
8. Geografia
9. Educação Física
10. Educação Visual
11. Oferta de Escola : Tapeçaria, Oficina de Artes, ...
2. Educação Visual e Tecnológica
13. Educação Moral R.C. – facultativa, mas está lá para muita gente.
14. Estudo Acompanhado
15. Área Projecto
16. Formação Cívica
É ISSO – CONTARAM BEM – SÃO 16 (dezasseis)
Carga horária = 36 tempos lectivos.
Não é o máximo ensinar isto tudo aos filhos de toda esta gente? De todo o Portugal? Somos demais, mesmo bons!
MAS NÃO FICAMOS POR AQUI !!!!
A Escola ainda:
. Integra alunos com diferentes tipologias e graus de deficiência, apesar dos professores não terem formação para isso;
. Integra alunos com Necessidades Educativas de Carácter Prolongado de toda a espécie e feitio, apesar dos professores não terem formação para isso;
Não pode esquecer os outros alunos, atestado-médico-excluídos" e que também têm
enormes dificuldades de aprendizagem;
. Integra alunos oriundos de outros países que, por vezes não falam um &%$%$## de Português, ou melhor, nem sequer sabem o que quer dizer &%$%$##;
. Tem o dever de criar outras opções para superar dificuldades dos alunos como:
. Currículos Alternativos
. Percursos Escolares Próprio
. Percursos Curriculares Alternativos
. Cursos de Educação e Formação
. MAS AINDA HÁ MAIS...A escola ainda tem o dever de sensibilizar ou formar os alunos nos mais variados domínios:
. Educação sexual
. Prevenção rodoviária
. Promoção da saúde, higiene, boas práticas alimentares, etc.
. Preservação do meio ambiente
. Prevenção da toxicodependência
Etc, etc...peço desculpa por interromper, mas... em Portugal são todos órfãos?" (possível interpolação da ministra da educação da Finlândia).
Só se encontra mesmo um único defeito: Os professores. Uma cambada de selvagens e incompetentes que não merecem o que ganham, trabalham poucas horas, comparem com os alunos, vá, vá comparem. Têm muitas férias, faltam muito, passam a vida a faltar ao respeito e a agredir os pobres dos alunos, coitados! Vejam bem que os professores chegam ao cúmulo de exigir aos alunos que tragam todos os dias o material para as aulas, que façam trabalhos de casa, que estejam constantemente atentos e calados na sala de aula, etc., e depois ainda ficam aborrecidos por os alunos lhes faltarem ao respeito!!
Olha que há cada uma!”
Meu comentário:
Este Artigo faz-me lembrar os problemas por que estou a passar com a minha filha que frequenta o 3º ano do ensino Básico e tem 8 anos. É uma aluna sobredotada na área académica e musical. Tanto na escola como no Conservatório de Música onde estuda violino é uma das alunas que tem as notas mais altas das turmas que frequenta, no entanto está a passar por um período que em não quer ir à escola. Diz que prefere ficar a estudar em casa. Chega a pontos de dizer que se a deixassem estudava em casa e no fim do ano ia fazer exames à escola.
Tudo isto porque durante as aulas não consegue aprender tanto como gostaria porque um terço dos alunos gritam, batem uns nos outros e impedem-na sequer de estar sossegada na sua carteira.
A professora, coitada, diz que não sabe o que fazer porque tem pelo menos cinco crianças a precisarem de apoio especial, mas que por causa das novas decisões da Sra. Ministra, ficou sem o apoio que tinha antes e, assim, tem que manter todos dentro daquela gaiola. Todos aos gritos, ou quase todos, e a minha filha tem que ir lá para não levar falta e vem para casa estudar e chorar porque quer aprender e os desordeiros não lhe permitem.
Os pais que são chamados à escola por causa da indisciplina dos filhos, ainda ficam zangados com a professora e dizem que ela tem a obrigação de suportar os filhos deles. Respondem à minha filha que se está mal que se mude.
Então que país é este em que aqueles que querem evoluir, estudar e/ou trabalhar são denegridos, gozados e vistos como parvos e até escorraçados?
Que saídas existem para situações destas? A única que me deram depois de já ter batido a algumas portas, foi metê-la num colégio particular.
E assim vamos pelo nosso Portugal. Já não me basta passar os dias e muitas noites a trabalhar privando-me de descansar sequer o mínimo necessário para o bom funcionamento do meu organismo, ainda tenho que me preocupar com a minha filha porque gosta de estudar e isso não lhe é permitido na escola, por causa do ambiente dentro da sala de aulas.
Isto sem falar que a redução dos funcionários dentro da escola fazem com que as crianças que são bem-educadas pelos pais se fartem de levar pancada dos colegas desordeiros, porque não existe quem os controle nem lhes ponha termo.
Quem me puder ajudar que se manifeste por favor, porque eu já não sei o que fazer. Aquilo que deveria ser motivo para alegria, para a minha filha, é agora motivo para arrelia, nervos e desinteresse.
Deverei retirá-la já, e metê-la num colégio particular? Aguentar? Bater “mais” na professora? Queixar-me a outras instâncias, juntando-me às muitas queixas que já existem e às quais não se vê resposta adequada?
E nesta altura depois de o ano já ter iniciado, que escola aceitará a menina?
Sou mãe, tive a sorte de ter uma filha dócil, inteligente e estudiosa, ou será que nos dias de hoje isto é crime e o cúmulo dos azares? Será que se inverteram de tal maneira os valores que os preguiçosos, desordeiros e mal-educados são hoje os que são protegidos pela nossa sociedade e vingam nos seus propósitos de serem parasitas?
26 novembro 2006
Alcione - Retalhos
Letra
O Pingo de pingar pró santo
O homem que morre de enfarte
A reza que quebra o quebranto
O grito de “gol” na garganta
O herói na televisão
A falta de fome na janta
O gesto agressivo da mão
São coisas do mundo
Retalhos da vida
São coisas de qualquer lugar
Mas se eu fico mudo
Esse mundo emundo
É capaz de me tentar mudar
Á espera da moça do mangue
A mulher que faz um cochicho
O crime lá do bang-bang
No cine da boca do lixo
O velho mendigo na praça
A nêga que nunca negou
O triste palhaço sem graça
Num circo que já desabou
São coisas do mundo
Retalhos da vida
São coisas de qualquer lugar
Mas se eu fico mudo
Esse mundo emundo
É capaz de me tentar mudar
O anúncio do novo cigarro
O trânsito louco varrido
A moça que corre de carro
E tenta sonhar colorido
O triste retracto da morte
Estampa o jornal “O Dia”
Ao lado do riso da sorte
De quem ganhou na lotaria
São coisas do mundo
Retalhos da vida
São coisas de qualquer lugar
Mas se eu fico mudo
Esse mundo emundo
É capaz de me tentar mudar
DO INFANTÁRIO À FACULDADE
Conforme noticiou o J. N. de domingo, 26/11, a Câmara Municipal da Maia arrancou no Castelo da Maia, com um novo e importante modelo de como podem e devem funcionar os estabelecimentos de ensino no país, capazes de promover um maior equilibrio e progresso escolar, que começa precisamente no Jardim de Infância e só termina quando surgir o “salto” para a faculdade.- E todo este percurso sem que os alunos sofram os incovenientes de ter que andar a saltar de escola em escola.
Tendo em conta não só o quanto é favorável para todos quantos dão vida e aprendem a vida sempre no mesmo espaço físico, a estabilidade e o progresso educativo dos alunos dos 3 aos 18 anos. A ganhar saem também professores e os páis dos alunos.
Como referiu o presidente da Câmara, António Bragança Fernandes, “As crianças entram aos três anos para o Jardim-de-infância e fazem toda a escolaridade no mesmo local, até saírem para a universidade, aos 17 ou 18 anos."
Penso que é mais um exemplo a ser aproveitado para ser implementado por quem gere a pasta da educação.
José Faria
35º Aniversário da Ficocables - Portugal ( Maia )
O Jornal PRIMEIRA MÃO, semanário da Maia, na sua edição de 24 de Novembro 2006, noticiou a passagem do 35º aniversário da Ficocables.
A empresa que integra o Grupo Ficosa International, com sede em Barcelona, é de facto uma empresa promissora e de referência em Portugal.
A efeméride foi assinalada nas instalações da empresa, com uma alocução efectuada pelo Dr. Dias Leitão, um dos colaboradores mais antigos da empresa.
No seu testemunho e nas suas palavras, foi colocada toda a carga emocional, que o momento proporcionou. Falando em directo para toda a família Ficocables, e efectuando uma retrospectiva histórica do nascimento da empresa, numa garagem, em Vila Nova de Gaia, pela mão do engº Franco Dias.
Na altura aínda com o nome de Teledinâmica, veio a associar-se em 1972 às famílias,Pujol e Tarragó, com esta parceria seria dado o primeiro passo na solidificação da empresa!
Segundo o Dr. Dias Leitão, " os trabalhadores desta empresa estão de parabéns, porque o sucesso da mesma a eles se deve, ao seu empenho e luta no sentido das dinâmicas de qualidade e apego ao trabalho... só existe um factor de sucesso trabalho!" " A Fábrica tem sucesso, pelos produtos desenvolvidos, a qualidade dos mesmos e pela capacidade de resposta e níveis de produtividade e essa é uma razão para ser líder num panorama global em que não estamos sós! Os nossos recursos humanos, são de facto do melhor que existe e a empresa reconhece-o."
" A Ficocables é actualmente no panorama internacional um dos principais fornecedores da indústria automóvel. Nestes últimos anos de recessão, fomos mesmo assim, registando um crescimento económico positivo. Contrariando as tendências do sector de menos vendas e perdas de receitas, que tem originado deslocalizações, para mercados de mão de obra mais competitiva! Afirmamo-nos pela positiva, como um parceiro competitivo e com capacidade!"
" Na prespectiva da continuidade do sucesso, está previsto no próximo ano a ampliação da área produtiva em mais 2000 m2, e a área destinada a I&D (inovação e desenvolvimento), mais 1000 m2, será construído também um novo edíficio num terreno contíguo às actuais instalações."
Fica bem vincado que no nosso país temos bons trabalhadores, quando a estes, são proporcionadas as condições de trabalho, segundo os padrões de desenvolvimento e tecnologias emrgentes, no sentido do incremento da produtividade! Esta não depende dos trabalhadores, mas da organização do trabalho e nas condições oferecidas pelas empresas. Na Ficocables a aposta na formação dos seus recursos humanos, tem demonstrado que vale a pena, valorizarmos as pessoas, estas são peças fundamentais na criação de riqueza e só com o aumento dos índices de desenvolvimento dos colaboradores, poderemos esperar e confiar num futuro profícuo e risonho.
Este ano com a previsão de facturação de 37 milhões de euros e um objectivo de 41 milhões para o próximo ano... rumo ao futuro!
PARABÉNS FICOCABLES, PARABÉNS AOS TRABALHADORES!
HAJA CONTROLO E FISCALIZAÇÃO NAS CORPORAÇÕES DE BOMBEIROS
MAIS DO MESMO NOS BOMBEIROS DE PEDROUÇOS
Apesar de algumas referências opinativas sobre a vida e obra da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pedrouços, Maia, no uso do direito que me assiste como cidadão de questionar a vida da comunidade de que faço parte, e das suas instituições; volto ao mesmo, descontente mas com mais confiança, para referir que as direcções desta corporação de Bombeiros que tanto prezo, continuam a funcionar do género: “vira o disco e toca o mesmo”.
Mostrei anteriormente nas páginas de “Opinião do Leitor” do J.N., estar em desacordo que os autarcas de qualquer freguesia (ou Câmara Municipal) tomem conta dos destinos de quaisquer outras instituições, nomeadamente de Bombeiros.
Por isso todos os pedroucenses sabem e conhecem que aqui, em termos de direcção está “tudo sobre controlo” sobretudo pelos que saíram mas “não saíram”, apenas trocaram de cadeiras.
Ora, o Secretário da Junta é o presidente da Assembleia-geral dos Bombeiros, antes era o próprio presidente da Junta o presidente da Assembleia, e que agora ocupa o cargo de vice-presidente do conselho fiscal.
O tesoureiro da Junta, responsável pelo cemitério, jardins, equipamentos e plantas (até porque é horticultor), é vice-presidente da Assembleia-geral dos Bombeiros. A Secretária da mesa da Assembleia da Junta, é 1.ª Secretária da Assembleia dos Bombeiros… Isto além dos vogais da direcção dos Bombeiros, membros da Assembleia de freguesia como é o actual presidente da direcção.
E é na qualidade (de membro da Assembleia de freguesia e) de presidente da Direcção dos Bombeiros de Pedrouços, que este afirma ao jornal regional Primeira Mão, que “Esta nova Direcção tomou posse em meados de Outubro, mas que só no dia 6 de Novembro é que os anteriores órgãos sociais entregaram as contas. Ainda assim, disse o presidente ao Jornal Primeira Mão, que as contas estão “inconclusivas porque faltam demasiados documentos justificativos, nomeadamente de alguns cheques” e há um saldo negativo de “aproximadamente cinco mil euros das três contas bancárias usadas pela Associação Humanitária.
E se “trabalhar assim não é muito fácil”, como referiu o novo e jovem presidente da Direcção, lembrando “que se aproxima o final do ano e as despesas com salários e subsídio de Natal devem ser pagos até 15 de Dezembro”.
Mas afinal se os responsáveis a quem se deve pedir contas é aos elementos da Direcção anterior, que são de novo elementos da actual direcção… em que ficamos?
Porque nunca houve nenhuma direcção com coragem de pedir uma sindicância capaz de limpar e dar mais credibilidade aos Bombeiros da minha freguesia?
Por isso é que estou de alma e coração com o Governo, nesta matéria, de levar por diante e a bom termo o “Projecto que prevê uma série de mecanismos de controlo e fiscalização das Associações, sejam de Bombeiros sejam de que forem. Os direitos e as obrigações são para todos os cidadãos e neste caso, para todas as associações.
Mas se o jovem e novo presidente dos Bombeiros de Pedrouços quiser desenvolver um trabalho nobre, limpo, humanitário e em terreno firme, (apesar de ser da cor dos que saíram e entraram) só tem uma saída: Peça uma sindicância às contas da Direcção da nossa Associação Humanitária. (Pode perder amigos, mas ganha dignidade!)
Se não o fizer e enquanto misturado com os que lhe apresentaram as contas só a 6 de Novembro e com a falta de demasiados documentos, cheques e um saldo negativo de “aproximadamente” de 5 mil euros nas três contas da Associação, se não o fizer, amanhã poderá ser acusado pela mesma medida.
- Será que todas as restantes Associações Humanitárias de Bombeiros, estão isentas desta apetência autarquica?
José Faria
VALE A PENA SER PORTUGUÊS, POR QUE NÃO?
É com alguma satisfação, senão muita, que vos transmito o seguinte: Editoras de quatro países diferentes deram-me a honra de me solicitar, salvaguardando todos os meus direitos, a publicação, não só daquele trabalho, como de todos os que eu pretenda ver publicados.
Por isto, aos jovens portugueses digo: trabalhar, trabalhar e trabalhar, porque nós existimos. Há sempre quem nos respeite e entenda sermos um povo dotado de muitos valores.
Eu sou velho. Não estou minimamente interessado em publicar ou não publicar, mas vós, jovens, trabalhai. Há sempre um olho que repara em vós.
Vale a pena ser português, por que não?
david santos
Não nos chamem criminosas
«Portugal é dos países europeus com a taxa mais alta de gravidez na adolescência.»
Este é dos problemas que contínua a incomodar a nossa sociedade, os tabus e a ignorância. A vergonha persiste em ocultar a promiscuidade que habita entre os nossos jovens.
O pecado consome a carne dos indignos que se opõem à própria natureza, este é o culto dos que rejeitam a premunição.
Não nos compete só alertar como educar quem educa, a promover a consciencialização em virtude, dos que por si só, perdem a noção que os heróis também correm riscos.
A juventude vive com excessivos impulsos de adrenalina que não racionaliza a declinação prematura do medo.
É urgente!
Fazermos com que os nossos jovens acordem, antes de chegarem ao precipício, integra-los na realidade através, não só das campanhas preventivas mas também da formação e educação sexual de quem tem aptidões na educação e na saúde.
Os grupos de risco continuam a ser discriminados, ignorando-se o facto a existência da disseminação do HIV, surgindo ainda a gravidez indesejada num país, que sustenta a vida de forma equívoca, entre a criminalidade e a dignidade de viver.
Conceição Bernardino
DÚVIDAS E CERTEZAS - DIVAGAÇÕES
As certezas ou as verdades são ponto de equilíbrio, quase ficção e virtualidade, dependentes de preconceitos, posições ideológicas ou religiosas que, tal como as bicicletas, apenas se aguentam em situações especiais e precárias.
Galileu Galilei (1564-1642) foi condenado à fogueira por defender precocemente uma certeza que contrariava a certeza «politicamente correcta» na época. Os detentores da verdade ou das certezas são defensores acérrimos da situação vigente e opostos a qualquer mudança, alteração ou reforma. São os criadores e protectores do pântano e da putrefacção das águas paradas. Quem diz só ter certezas e não saber o que são dúvidas ou mente ou tem o cérebro árido, conformado, sem inovação, criatividade e arte, isto é, sem vida. Mas tão perigosos como esses são aqueles que acordam pela manhã com a «ideia milagrosa» que «de certeza» vai ser a solução ideal para o problema, não admitindo críticas nem reflexões sobre outras hipóteses de solução, avançando em linha recta para baterem com a cabeça no muro ou despenharem-se no precipício. A convicção de nunca ter dúvidas é tão nefasta como a ilusão de estar na posse total da verdade, da certeza, principalmente quando essa posse é exclusiva deles.
Se a certeza pode ser inibidora da mudança, da acção e da progressão ou pode levar à precipitação imponderada, a dúvida, por outro lado, conduz a movimento reflectido, ponderado, na busca de soluções que a reduzam à expressão mais simples. O cientista, o sábio não sabem o que são certezas. A dúvida é a mola que impulsiona o cientista, o gestor, o governante para a investigação, com vista à persistente aproximação da certeza e da verdade, o que se processa por etapas sucessivas, sem nunca terminar. A permanente angústia da incerteza é produtiva, é o motor que faz avançar na estrada da vida porque há a esperança de, para lá da curva, poder estar a solução que se espera e deseja.
Na preparação da decisão, esta raramente assenta, do ponto de vista filosófico, numa certeza, mas sim na hipótese que, de entre todas as possíveis, apresenta um saldo mais positivo no balanço de vantagens e inconvenientes. Isto significa que a decisão abrange um grau de dúvidas, por vezes elevado, aceitando um risco de erro maior ou menor, pelo que quem não tiver coragem para aceitar o risco, acaba por cair na paralisia da indecisão, acolhendo a «certeza» da situação vigente e recusando a mudança.
Parece, pois, poder concluir-se que entre a certeza e a dúvida, será mais salutar preferir esta, definir os seus contornos e investigar no sentido de lhe reduzir as dimensões, na busca de um caminho que aproxime da certeza, do ideal, do objectivo desejado como alvo da acção.
ESTA NOITE VAI SER UM FORROBODÓ
Vão estranfalhar o rafeiro todo!
É o estranfalhas!
Afinal o rafeiro percebia de política e disse-lhes que já os conhecia.
«Pernas para que te quero...», disseram os valentões.
Assim já não há forrobodó.
Ficou o rafeiro à espera que outros aparecessem.
Mas que forrobodó! «Tende vergonha!», disse o rafeiro, já sem a presença dos valentões. Tinham dado à perna! «Ufa! Que rafeiro!», diziam os valentões, sem olhar para trás.
25 novembro 2006
SINCERAMENTE, NÃO ACREDITO!
Não é que eu me sinta vaidoso, mas os meus colegas têm o direito a tal orgulho. Também não é para menos: orgulho, claro!
Pois é! Acabo de saber que fui o primeiro homem no mundo, vejam bem, no mundo, a dizer que quando os primeiros barcos foram pescar, no alto mar, este já existia.
Grande descoberta, eu fiz...
Afinal, os pescadores e os seus barcos apareceram já muito depois do mar existir.
Amigos e colegas, isto não pode ficar apenas por uns simples parabéns. Isto merece, ainda que eu ache muito pouco, uma estátua. No mínimo!
Fico à espera. Ah, fico, fico!
INUNDAÇÃO NO CAMPO 24 DE AGOSTO
O dia de ontem em Portugal, e em especial aqui no Porto. Foi “bafejado” com chuva intensa, e ventos fortes.
É perfeitamente lógico e natural, que nada se pode fazer contra a força da natureza. Quanto a isso estamos todos de acordo.
Agora, quando determinadas zonas, da cidade, são novas, como é o caso do Campo 24 de Agosto, onde foi construída a Estação Do Metro, e toda a zona envolvente completamente nova.
Não se compreende, que não existam sistemas de drenagem e escoamento de águas mais efecazes, do que as existentes!
Embora a chuva, fosse efectivamente intensa e forte, tenho a certeza, se os respectivos escoamentos, de águas pluviais, tivessem sido feitos com mais eficácia.
Se calhar…não teria havido inundação na zona!
Eu conheci muito bem o Campo 24 de Agosto antes do Metro, e nunca lá houve nenhuma inundação. Mesmo quando chovia como ontem choveu!
A própria Estação do Metro, foi ela também inundada, obrigando ao corte de circulação entre Campanha e a Trindade.
Ora como já o tinha dito em post anterior, em relação à Trindade, Repito aqui!
Se as obras tivessem sido feitas convenientemente, nunca teria havido inundação no Campo 24 de Agosto.
Se a razão da inundação, fosse exclusivamente da chuva.
Então, teria havido inundações em todas as Estações.
Ora como se sabe isso não aconteceu!
O que vem reforçar a minha tese, de deficiência de escoamento, das águas pluviais.
É preciso que quem de direito, chame á responsabilidade a empresa responsável, pelos trabalhos ali executados.
Não faz sentido, que chova um pouco mais forte, e toda uma estrutura que é feito de novo, comece logo a meter água por todos os lados!
Mais uma vez o digo, é o nosso dinheirinho, que está ali enterrado.
É PRECISO PLANEAR E PROGRAMAR
São vulgares as críticas à crise e, o que é muito grave, as culpas são geralmente atribuídas exclusivamente aos maus governos, sem se cuidar analisar que, de uma forma geral, todos temos uma parcela das culpas do estado em que o País se encontra. Os governantes deviam realmente ser mais eficientes, mas temos de aceitar que são pessoas saídas do seio da sociedade nacional, com as suas virtudes e defeitos. Até podemos dar-lhes o benefício de os considerarmos bem intencionados, pelo menos pela razão de quererem continuar a merecer os votos dos eleitores em eleições futuras. Quando, orientados por amor pátrio, analisamos a sua actuação a nossa referência é sempre o ideal, a perfeição absoluta do que resulta a abundância de críticas negativas, muitas vezes injustas. É certo que é necessário e conveniente não perder de vista o ideal, a excelência e os melhores valores, mas não devemos dramatizar.
Não estou a lamber as botas aos políticos, mas quero apontar um caso concreto em que sai bastante enfatizada a falta de jeito dos portugueses, em geral, para o planeamento e a programação de actividades simples ou complexas, sendo preferidas as decisões de momento, talvez por capricho momentâneo. Em Cascais, na Avenida da República, junto à rotunda, no cruzamento com a Av. 25 de Abril, está em fase avançada a construção de um grande empreendimento habitacional. No início do Verão foi ajardinada uma área junto à avenida, com quase um hectare, com várias centenas de árvores e arbustos de espécies variadas, e uma complexa quadrícula de tubos para rega gota-a-gota automática. Apesar do Verão, o resultado estava a ser muito prometedor. Mas, há dias, inesperadamente, constatou-se que arrancaram toda a vegetação que estava pujante e retiraram as centenas de metros de tubos, porque naquele espaço começaram a ser depositadas grandes quantidades de terra proveniente das escavações para a piscina e de deslocação de outros desaterros. Como foi possível terem feito tanta despesa com a construção do jardim e a sua cuidada manutenção, para tão curto espaço de tempo? Se tivesse havido um planeamento (previsâo) e esmerada programação, não se caía em tal desperdício, pois não era difícil prever a quantidade de terra, com respectivo «coeficiente de empolamento» e o local que ela iria ocupar, nas várias fases da obra. Quem paga vão ser os compradores das fracções, cujos preços vão reflectir os custos evitáveis provenientes de erros, incompetências, desleixos ou faltas de previsão.
O caso, infelizmente, não é único. Observadores atentos encontram, a cada passo na ruas das cidades, casos de decisões ocasionais desinseridas de um plano, originando hesitações e recuos, como por exemplo as valas que são abertas pouco tempo depois de terem sido fechadas, devido a erros e esquecimentos e principalmente a falta de coordenação entre os vários utilizadores dos espaços públicos (água, esgotos, electricidade, telefone, gás, etc).
Há mais de um ano, ao construírem a rotunda na Avenida Nossa Senhora do Rosário junto à Praça de Touros, em Cascais, parecia que estavam a criar uma miniatura do redondel no meio da rua, tal era a altura do muro circular. Depois de este estar rebocado e pintado, destruíram-no por forma a reconstruírem-no com apenas 40 centímetros de altura. Quem foi responsabilizado pelo erro? Quem pagou os custos inerentes? Certamente, foram os dinheiros provenientes dos munícipes, pagos em contribuições, licenças, coimas, etc. e que deviam ser destinados ao benefício colectivo.
Assim, com pessoas que não planeiam nem programam, nem orçamentam com realismo, nem organizam racionalmente, nem exigem responsabilidades, não há políticos que consigam fazer o milagre de desenvolver este nosso País. Temos de ser todos e cada um de nós a puxar o carro para o mesmo lado, a começar, pela educação infantil em casa e pelo ensino nas escolas, para que toda a gente aprenda a gerir a sua vida e as suas actividades profissionais.
NUMENKLATURA EM FORMA
Para quanto mais tempo, as "ratasanas" do (PCP) deixam de andar a minar a liberdade, mesmo dos seus próprios camaradas? O tempo do revisionismo já parecia estar ultrapassado. Puro engano. Estas "velhas serpentes" nunca mais ganham juízo. Andam pelos cantos, como quem olha, mas não vê, e zaz! Às tantas fazem das suas.
Este caso, ainda que haja muito por esclarecer, dá-me a sensação de que a "caduquice" do comité central, mais alguns desfasados do trabalho, há dezenas de anos, andem a tentar mostrar que servem para alguma coisa. Puro engano. Não servem para nada. Só minar, mais nada.
Este tratamento dado aos militantes agora nesta altura, só quer atingir uma de duas coisas: salvaguardar alguns interesses maquiavélicos ou denegrir a imagem de alguém. É que do ponto de vista ético, moral e sentimental, as "ratasanas" do (PCP), não tiveram um pinguinho, que fosse. Até a direita, já tem vergonha destes métodos.
Pouca vergonha!...
DÚVIDAS, E CERTEZAS
Que se sustentam, e se confirmam
Temos também muitas dúvidas...
Que se confirmam
E continuam…insustentáveis.
Visitem: (Canto poético) http://avano2006.blogspot.com
24 novembro 2006
JUDAÍSMO
Festividades judaicas
... parte XVII
São dias festivos de carácter religioso-histórico todos os sábados (shabath), a Páscoa (Pessach), Pentecostes (Shavuot) e Tabernáculos (Sucot). Nos dias festivos todo o trabalho é proibido.
Sábado - Um dos pilares do comportamento religioso judaico é a observância do sábado como dia de descanso de toda a actividade considerada trabalho. O mandamento de observar o shabath consta do Decálogo, e é o único que insinua a morte como castigo dos que o violarem. É um dia de repouso, oração, meditação e também de alegria.
A Páscoa - A Páscoa é uma festa com múltiplos significados. Historicamente comemora a libertação dos judeus da escravidão no Egipto e a sua formação como um povo com uma religião e um destino comuns.
É comemorada na véspera do primeiro dos seus oito dias com um serviço especial na sinagoga e um jantar cerimonial familiar (seder), com a leitura de Hagadá (o relato dos eventos e sua interpretação). O seder (ordem), com o seu ritual, inclui pratos tradicionais de grande representação simbólica.
O seu menu não inclui comidas ou bebidas com grãos ou farinha fermentada. Durante os oito dias da Páscoa, o pão que se come é apenas matsá (pão ázimo ou sem fermento). Durante a celebração da Páscoa, são mergulhados ramos de salsa numa tigela com água salgada, simbolizando as lágrimas dos judeus no Egipto. As ervas amargas (maror) lembram a amarga escravidão. É preparada uma mistura de maçã ralada, nozes, vinho e mel, que simbolizam o cimento utilizado para fazer tijolos. Um osso de carneiro assado representa o sacrifício da Páscoa. Os ovos cozidos recordam os sacrifícios no Templo e o vinho representa a alegria.
Por outro lado, a Páscoa tem um aspecto ligado à natureza, como festa da Primavera, e da agricultura, como festa de início da colheita dos cereais.
Pentecostes - Pentecostes, que se festeja sete semanas depois do primeiro dia da Páscoa, comemora a entrega da Tora aos hebreus no Sinai. Era um dia em que se levavam ao templo as primícias do fruto da terra (bikurim), representadas em sete espécies: trigo, cevada, vinha, oliva, figo, tâmara e romã. Na sinagoga é realizada a leitura dos Dez Mandamentos e do Livro de Rute. A refeição inclui frutas, peixe e alimentos leves à base de leite.
continua...
Aceder a um pedido.
Beezzblogger
OS MILITARES PERDERAM PONTOS ?
O ministro, com as suas palavras, veio confirmar que os governantes não reagem pela razão, pelo bom senso e pelo patriotismo, mas só quando pressionados por pressão significativa, representativa. Convém que os militares raciocinem bem nesta ideia. Têm sido bastante prejudicados em relação a professores e a juizes, por não lhes serem permitidos os direitos constitucionais gerais. Até os juizes que se consideram um órgão de soberania podem fazer greve e, por isso, têm sido beneficiados. Pelo contrário, os militares continuam a ser obrigados a cumprir a sua parte da «condição militar» mas vêm-se privados fraudulentamente das compensações a ela relativas. Dizia um responsável pelo passeio que há 41 diplomas legais desprezados pelo Governo. Quem é que não cumpre a lei? O Governo ou os que passearam no Rossio? A lei é ou não para ser cumprida por todos? Os militares precisam de se manifestar em força para convencerem da sua razão o Sr Ministro.
Já se fala em processos disciplinares aos militares que passaram pelo Rossio fardados. Não é desonra serem punidos por este «crime», antes pelo contrário. O ministro instiga a uma pressão dos militares mais significativa e representativa para corrigir «o seu rumo» errado. Colaborem com ele, aceitando o desafio.
Um cenário possível pode passar pela punição dos participantes no passeio e pelos que, sem estarem presentes, os apoiaram moralmente. Até poderão ser demitidos! Isso enquadra-se na lógica do governo de impor unilateralmente uma obsoleta condição militar sem as compensações até agora existentes. É uma lógica consequente da vontade de eliminar completamente as Foras Armadas. Agora demite estes, no próximo passeio demite outros até que chegará ao último. Perguntar-se-á quem irá ser mandado para as missões de «ostentação de poder» na Bósnia, no Kosovo, no Afeganistão, no Líbano, no Iraque, no Congo, nos PALOPs, etc. Mas isso, para o Governo não é problema insolúvel. Serão escolhidos de entre os ‘jotas’ dos Partidos, mais habilidosos e com perspectivas de carreira política, indo ser bem remunerados, com as máximas compensações pelo seu sacrifício e com a promessa de depois serem assessores, deputados, secretários de Estado, etc. Esta solução terá a vantagem de virmos a ter políticos de carreira conhecedores das realidades da vida. Portanto, não há situação dramática, existindo sempre soluções possíveis num rumo politicamente lógico e coerente!
Só que é pena que toda esta embrulhada assente em contradições de governantes, exigindo que os militares sejam escravos disciplinados, obedientes, coniventes, cúmplices do poder e abúlicos, tratados como a escória dos funcionários públicos, com incomparavelmente mais deveres e obrigações, e pela sua parte, o Governo recuse cumprir as suas obrigações legais no tocante às compensações referentes à condição militar. Esta só pode ser actuante se ambas as partes tiverem comportamento legal. Como dizia o primeiro-ministro a liberdade está na lei, que é igual para todos, mas não devia esquecer-se que esse todos inclui os políticos que nos governam. Os portugueses estão interessados em que o Estado seja «pessoa de bem».
O PALHAÇO
Vai tentar fazer rir. A expectativa é enorme!
Está toda a gente em alvoroço
Principalmente as crianças, que não param quietas nos seus lugares
O palhaço porém, está triste…
Mas tem que fazer o seu papel, tem que ganhar a vida
Fazer rir…quem está com vontade de chorar
Triste ironia esta, a vida de um palhaço…
A ele, pobre palhaço, não tem ninguém que o alegre, que o faça rir
Mas o seu coração…é enorme!
Por isso, delicia a petizada com as suas brincadeiras
É o delírio…!
Então como consolo…recebe os risos e aplausos das crianças
Que eufóricas, pedem freneticamente
Mais uma! Mais uma!
E o palhaço…com uma lágrima ao canto do olho
Faz a vontade aos petizes, com mais uma brincadeira
Recebendo assim, mais uma estrondosa salva de palmas!
Retirando-se de seguida, para o camarim, onde se afogou em lágrimas
Pois minutos antes, de iniciar o espectáculo, tinha recebido a notícia,
A triste notícia! Da morte, de um ente querido
Triste vida…de palhaço.
23 novembro 2006
JUDAÍSMO
Judaísmo e Cristianismo
... continuação parte XVI
1. A fé que marcou Abraão e os patriarcas num Deus que escolheu Israel por amor irrevogável;
2. A vocação para a santidade ('Sede santos porque Eu sou santo'Lev 11: 45) e a necessidade de 'conversão' (teshubhah) do coração;
3. A veneração pela Sagrada Escritura;
4. A tradição da oração, particular e pública;
5. A obdiência à lei moral expressa nos mandamentos do Sinai;
6. O testemunho prestado a Deus pela 'Santificação do Nome' no meio dos povos do mundo, mesmo até o martírio, se necessário;
7. O respeito e a responsabilidade na relação com toda a criação, zelo que se compromete pela paz e pelo bem de toda a humanidade, sem discriminação.
Esses elementos comuns ainda são compreendidos e sobrevivem, de formas diferentes, mas profundas, nas suas tradições. Temos em comum não apenas estas fontes e estes muitos elementos da nossa caminhada; convergimos também na expressão mesma da nossa finalidade definitiva. A esperança num futuro messiânico, em que Deus reinará, Rei da justiça e da paz; a fé na ressurreição dos mortos, no julgamento de Deus rico em misericórdia, na redenção universal - esses são temas comuns para judeus e cristãos.
Baseados nesses princípios - que certamente merecem estudo posterior; mais atento e mais profundo - já temos muito campo para um responsável compromisso comum. Especialmente ao nível espiritual e ético, no campo dos Direitos Humanos e na assistência aos povos e às pessoas que precisam de solidariedade, cristãos e judeus estarão comprometidos com a paz e o desenvolvimento integral da humanidade.
E eu acredito que tudo isto se tornará cada vez mais manifesto".
O texto original, uma versão mais completa deste ensaio, foi publicado em "Jews and Christians", 1990.
continua...
INDECISÃO E IRREFLEXÃO, EXTREMOS A EVITAR
A vida das pessoas, das empresas e das instituições públicas é feita de decisões consecutivas. Desde o momento de sair da cama até ao momento de deitar estamos em cada momento a tomar decisões, nem que seja decidir seguir a rotina habitual e pôr de lado alterações.
Quanto mais importantes forem as consequências de uma decisão mais cuidadosa deve ser a sua preparação, desde uma simples reflexão até a estudos com investigação de dados sobre o problema, mais ou menos demorada. O adiamento de uma decisão com o pretexto de analisar todos os dados e de ponderar todas as pistas e alternativas pode resultar em indecisão com prejuízos de oportunidade e de ausência dos benefícios da adopção da solução considerada melhor. Tudo na vida tem vantagens e inconvenientes e há sempre quem, por razões nem sempre confessadas, defenda uma solução que no seu todo não é a melhor. Por isso, o responsável pela decisão a tomar deve, após a análise ser considerada concludente, proceder à escolha da solução a adoptar sem se prender com mais oposições.
É esse ponto de vista que defende Jorge Sampaio em relação à urgência da adaptação da UE ao «processo de mudanças que o mundo vive», sem o que se agrava a «crise de resultados e de confiança». Segundo ele, é preciso ultrapassar "o impasse constitucional", "é urgente pôr termo ao período de reflexão", que, "de resto, até agora nem sequer deu grandes frutos ou mesmo pistas".
Este dedo apontado aos inconvenientes da indecisão aparece no artigo do DN de hoje com o título «Sampaio diz que basta de reflexão na EU»
Mas, o outro extremo a evitar é a irreflexão. É imperioso que se encontre o ponto de equilíbrio entre estes dois extremos, a fim de não se desperdiçar tempo e recursos em paragens, recuos e zigue-zagues nas actividades. Um exemplo de aparente irreflexão ressalta do caso da tão falada TLEBS, que tanta polémica tem levantado mesmo nos círculos mais evoluídos da intelectualidade nacional e a que os diários de hoje dedicam alguns títulos de que cito:
-TLEBS, por João Morgado Fernandes, DN, 061123, onde se lê que «a coisa é tão monstruosa quanto parece». E que «outro monstro que é a burocracia central do Estado, coadjuvado por outra praga da nossa administração que é a irresponsabilidade generalizada». «A tal da TLEBS vem, de resto, a contracorrente da tendência para uma certa estabilização no ensino».
- O Monstro está entre nós, JN, 061123, Última página.
São referidos interesses das editoras dos manuais escolares e de elementos ligados aos «estudos» que geraram este monstro de sete crânios ocos. Parece, segundo os comentadores, que não é fácil atribuir responsabilidades por esta aventura «abstrusa», mas da qual não pode ser ilibado o respectivo ministério, o qual, sucumbiu às pressões daqueles interesses, mas já está aberto a voltar a trás. Este recuo não é novo; a irreflexão já é nossa visitante habitual: SCUDs, aumento da electricidade, «decisões» na saúde, etc.
Por achar curioso, transcrevo um e-mail que recebi de um professor que leva a TLEBS muito a sério:
A decadência do povo
O mutismo esmorecido,
Do nosso povo deprimido.
Que se vai contentando
Com réstias, com migalhas
Dos que cozem a massa
Fermentada de corrupção.
Jaz a bandeira preta
A que a fome sustenta,
Juntem-se os remendos!
Em fardos desesperados
Que já ninguém aguenta
A ganância dos bastardos.
Usam-se do sarcasmo
Deste povo já cansado
Farto de ser enganado.
Unem-se os esforços
A malga da sopa arrefece
Sovinice come à farta,
As esmolas e os impostos
De quem tanto trabalha.
Estamos fartos das injúrias
De promessas adulteradas
Nós somos a plebe!
Não a escumalha...
Conceição Bernardino
Fugir para Espanha é uma opção escolhida para muitos portugueses
Depois da moda das viagens a Espanha, que muitos portugueses começaram a fazer regularmente aos fins-de-semana, para abastecer combustíveis, comprar gás, tabaco, e ir às compras aos supermercados espanhóis para pouparem algum dinheiro, muitos portugueses acabaram por render-se às vantagens de viver do outro lado da fronteira e mudaram-se de vez.
De acordo com dados oficiais do Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais espanhol a que a «Agência Financeira» teve acesso, no final do primeiro semestre, eram 66.107 os portugueses com cartão ou autorização de residência em Espanha. A idade média dos imigrantes lusitanos no país vizinho era de 37 anos, e cerca de 37% do total eram mulheres.
Numa análise por idades, têm autorização para residir em Espanha 3.950 portugueses até aos 15 anos, 16.838 com idades entre 16 e 29 anos e 45.317 portugueses com mais de 29 anos.
No final de Outubro, estavam registados na Segurança Social espanhola 68.001 portugueses. Este valor representava mais de 19% do total de inscritos com origem na União Europeia. Espanha conta com mais de um milhão e meio de inscritos na Segurança Social oriundos de fora da União, além dos 354.883 comunitários.
No total, a Segurança Social do país vizinho tem inscrito 1,86 milhões de estrangeiros.
Por comunidades autónomas com mais portugueses inscritos, a lista é liderada pela Galiza, com 10.497 portugueses, seguindo-se Madrid, com 9.360. A Catalunha abriga 8.250, Castela e Leão mais 6.700 e o País Basco outros 6.165.
Segue-se a Andaluzia, com 5.226 portugueses, Navarra com 3.189, Valência com 3.139, La Rioja com 2.742 e as Canárias, com mais 2.105 portugueses.
20.600 portugueses foram para Espanha nos últimos dois anos e meio
O número de portugueses com autorização para viver em Espanha tem crescido bastante nos últimos tempos. Desde o final de 2003, foram 20.593 os portugueses que requisitaram essa autorização de residência no país vizinho. Ou seja, foi um aumento de 31% em apenas dois anos e meio.
No final de 2003, as autorizações concedidas a portugueses não iam além das 45.614. O valor cresceu para 50.995 no final de 2004 e depois novamente para 59.787 no fim do ano passado. Só no primeiro semestre deste ano, o número de autorizações de residência a portugueses cresceu 6.420.”
Agência Financeira (23/11/2006)
O problema é que qualquer dia nem para a Espanha se pode fugir.
Fugir dos problemas nunca foi solução, mas tenho que admitir que também já me tem passado pela cabeça, “passar-me” para o lado de lá.
É que por vezes, se não nos “passarmos” para lá acabamos por nos “passar” do lado de cá.
Bem, com este trocadilho de “lado de cá” e “lado de lá” já me estou a sentir bem portuguesa e à moda dos políticos.
Pena é que nunca tenha tido nem vocação para a política nem para o futebol senão tinha a minha vida garantida e passava uma grande vida sempre a “encher a pança”.
22 novembro 2006
O CERCO
Qual polvo tentacular, que nos aperta, e asfixia.
Um cerco complicado e complexo, por vezes, difícil de descortinar de imediato, tal a teia, em que está enredado. Mas sente-se esse cerco, cada vez apertando mais à nossa volta. É um cerco, de onde dificilmente sairemos, a não ser...que consigamos romper esse cerco, com outro cerco.
O da verdade!
Onde a lisura, a solidariedade, o combate à exclusão, à miséria, à fome, ao desemprego…seja uma realidade, não uma ficção.
Mas para isso…! Temos que ter vontade, coragem, determinação, para inverter o ciclo da mentira, com que nos têm cercado. Senão…continuaremos cercados, encurralados, com a corda na garganta.
Temo que agir com firmeza, e sem recuos. É preciso urgentemente, mudar o cenário, e os actores, que há muito que estão em cena! Onde apenas muda a cor, da indumentária dos protagonistas em palco.
A peça…é sempre a mesma. Vai mudando sim, o colorido dos protagonistas. Ora com mais rosa…ora mais alaranjado, com alguns tons de azul, um tanto ao quando desbotados.
E nós…continuaremos a ser os eternos figurantes, desta peça, que insiste em manter-se em cena, sempre com os mesmos protagonistas.
É tempo de dizer basta! E acabemos de uma vez por todas, com este cerco, que nos asfixia, e nos vai matando.
Mar Português
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
JUDAÍSMO
Judaísmo e Cristianismo
... continuação parte XVI
"O Cristianismo está, desde da sua origem, profundamente enraizado no Judaísmo. É impossível tentar compreender o Cristianismo sem uma sincera sensibilidade ao mundo judaico e uma experiência directa da sua realidade.
Jesus é plenamente judeu, os apóstolos são judeus, e não se pode duvidar da ligação deles com as tradições dos seus antepassados. Anunciando e inaugurando a Páscoa messiânica, Jesus, redentor universal e o servo sofredor, não o fez em oposição à Aliança do Sinai. È verdade, encontramos polémicas antijudaicas no Novo Testamento.
Isso não significa, no entanto, que o Cristianismo e o Novo Testamento tenham tido, nas suas origens, um carácter anti-semita. Até às Cruzadas, a situação dos judeus na Europa era, em geral, de coexistência serena com a população cristã.
Uma reviravolta brutal e sangrenta foi provocada pelas massas fanáticas que se levantaram juntamente com os exércitos enviados à Terra Santa, tornando-se responsáveis por massacres ferozes de comunidades judaicas inteiras na Alemanha, sem que bispos e condes tomassem uma posição contrária. Aos judeus foi deixada apenas a escolha entre o baptismo e o martírio, e aos milhares eles escolheram o último, proclamando a sua fedilidade a Deus.
Depois de 1144, começou a circular a acusação de assassínio ritual. Mais tarde, veio a acusação de uma conspiração judaica cheia de ódio contra a raça humana, sendo que os judeus já eram malditos porque "mataram Deus". As consequências foram muito graves, especialmente no meio mais popular. Os judeus passaram a ser vistos virtualmente como um símbolo do mal satânico a ser extirpado, implacavelmente, a qualquer preço.
No entanto, actualmente, a totalidade do magistério universal da Igreja, juntamente com documentos de conferências episcopais e de igrejas locais, é unânime ao afirmar que a Igreja e o povo judeu estão ligados por um laço profundo na sua própria identidade religiosa:
continua...
O dos Castelos
O cotovelo esquerdo é recuado;
Fita, com olhar 'sfíngico e fatal,
O rosto com que fita é Portugal.
Não digas nada!
Cada página que escrevo
Uma lágrima dispersa
Entre a chuva e a mansidão
Que calo nas entrelinhas
Na mesquinhez do saber
Dá-me a tua mão!
Escuta o meu silêncio
É tudo que te peço
Não digas nada!
Consola a nudez
Desta minha solidão
Que teima com persistência
Apoderar-se da minha
Amargurada inconsciência
É tudo que me resta
O silêncio, a solidão e a amargura
A triste saudade
Da minha doce loucura
Não me condenes
Abraça-me!
É tudo o que te peço
Não digas nada!
Conceição Bernardino
CONDIÇÕES DOS MILITARES !
Os políticos parecem preocupados com a possível manifestação dos militares na rua, no que estão apoiados por generais que, normalmente, ou não se pronunciam ou se comportam como porta-vozes do poder. Hoje, para serem generais é indispensável a aprovação e confirmação do Governo, o que exige deles uma atitude adequada quer antes da promoção, para a obter, quer depois como acto de gratidão. Escrevo isto recordando a atitude do Almirante CEMGFA quando de umas manifestações num ano recente, veio à TV papaguear as palavras ouvidas pouco antes ao ministro Luís Amado, sem ter uma palavra de compreensão e conforto para os militares que era suposto representar e defender. Ficou bem claro que lhe era mais conveniente representar e defender o ministro. Um dos argumentos utilizados na altura para condenar a manifestação era o de que os militares estavam sujeitos à «condição militar».
Esta condição, por um lado, impõe restrições aos direitos, liberdades e garantias que tornam os militares cidadãos de segunda, com muitas limitações e muitos deveres entre os quais o de disponibilidade permanente, que criam dificuldades aos próprios e aos seus familiares. Por outro lado, ao longo do tempo, os governos de um País que se preza de ter abolido a escravatura, há muitos anos, decidiram compensar os servidores da Pátria nas Forças Armadas por forma a que os sacrifícios a que por aquela condição estão sujeitos pudessem ser suportados sem demasiado desconforto. Estas compensações têm sido retiradas com a alegação de que são privilégios e regalias diferentes dos funcionários públicos, como se qualquer funcionário esteja sujeito a algo parecido com a referida condição militar.
Segundo esta, os militares não podem ter sindicato, atendendo que os seus chefes os defendem melhor do que qualquer sindicato!, o que ficou atrás referido como irreal, virtual, falso. Por isso, a lógica conduz a que a condição militar seja considerada inexistente, visto que a parte compensatória foi unilateralmente eliminada, e que os militares possam manifestar-se, exigir o pagamento de horas extraordinárias, seguro de vida, negociação das condições de risco de cada missão, etc. Claro que um exército, à imagem da função pública não pode ser eficiente. Mas, então, recriem-se as condições para que o seja e deixem de se verificar as actuais tristes condições dos militares.
P.S.: Transcreve-se uma carta envida aos jornais sobre este tema
Militares ou escravos?
(Publicada no Diário de Notícias 15 de Agosto de 2005)
Nos jornais de hoje (11 de Agosto) vem em destaque que «Governo retira regalias a militares». Parece que os militares usufruíam de regalias não justificadas à semelhança dos políticos. Pretende-se colocá-los em condições semelhantes à função pública. Mas tal semelhança seria falsa, pois os militares não são funcionários públicos vulgares, tendo um estatuto de disponibilidade permanente, para qualquer missão quanto a risco ou a local geográfico. Por exemplo, em 10 de Agosto de 1959, mais de duzentos militares foram mobilizados para em 12 (dois dias depois) embarcarem para a Guiné, onde estiveram mais de dois anos, correndo riscos diversos, longe das famílias, sem direito a qualquer tipo de licença. Um deles deixou a mulher grávida e só veio a conhecer a filha, quase com dois anos, no momento do desembarque.
Serviço de escala de 24 horas seguido da formatura para a instrução do dia seguinte; instrução nocturna; exercícios de fogos reais e outras situações de risco; marcha para outra unidade ou centro de instrução sem aviso prévio, etc; restrições aos direitos de cidadania. Tudo isto era, de certo modo, compensado pelas agora denominadas «regalias».
É previsível que agora, com uma geração de militares mais esclarecida e aberta ao ambiente circundante, não queiram ser tidos como escravos gratuitos e, por isso, não assinem qualquer contrato sem primeiro verem a sua adequação à legislação da função pública, pedindo parecer aos respectivos sindicatos, e sem analisarem as compensações concretas e claramente definidas dos esforços que não se integrem na função pública geral. Depois de entrarem em funções, terem como referência mais a legislação da função pública do que a militar e recusarem prolongamentos do horário, serviço extraordinário, missões de risco, mudanças de local de trabalho, sem previamente negociarem as adequadas compensações. Se o Governo quer considerá-los semelhantes aos funcionários públicos, não deve exigir-lhes riscos que estes não correm: serviço na carreira de tiro, exercícios de fogos reais, actividade física com perigo de acidente, trabalho nocturno, etc. Para cada serviço deste género deve haver uma compensação adequada. Por outro lado, há que reivindicar «regalias» semelhantes às dos juizes, professores, incluindo direito à greve, e, porque não, semelhantes às dos deputados, gestores e directores de institutos e empresas públicos.
Os militares responderão a estas palavras, dizendo que, dessa forma, as unidades ficarão inoperacionais e os comandantes não poderão cumprir a missão que receberam. Sem dúvida. Devem, por isso, evitar chegar a essa situação, esclarecendo, desde já, os políticos de que os militares não podem ser reduzidos a funcionários públicos e não podem ser considerados escravos gratuitos. A disponibilidade permanente para qualquer missão em defesa dos altos ideais patrióticos tem forçosamente de ser compensada. Não se querem «regalias»; quer-se a justa compreensão do seu sacrifício e condições compensatórias dignificantes.
A. João Soares
JUDAÍSMO
Judaísmo e Cristianismo
... parte XVI
Judeus e cristãos partilham a sua crença na paternidade de um só Deus, Omnisciente, Todo-Poderoso e sempre Misericordioso. Compartilham também a mesma herança do Antigo Testamento - com as suas verdades eternas e seus valores imutáveis -, e a sua fé na validade dos Dez Mandamentos e na sabedoria dos profetas.
Tanto cristãos como judeus acreditam que o homem foi posto no mundo para um fim - que a vida é mai do que um intervalo entre dois nadas. O seu objectivo social é tembém comum: um mundo motivado pelo amor, pela compreensão e pela tolerância aos semelhantes.
Estes são os pontos básicos de concordância que formam a herança judaico-cristã, que lançou os alicerces de grande parte do que conhecemos por civilização ocidental.
Mas existem, naturalmente, vários pontos distintos entre as duas religiões. Os judeus reconhecem Jesus como filho de Deus na medida em que somos todos filhos de Deus, mas não aceitam a sua divindade.
Esta recusa está implícita noutro aspecto fundamental do Judaísmo, que rejeita o princípio da encarnação de Deus feito carne. Constitui dogma básico da sua fé que Deus é puramente espiritual e não admite qualquer atributo humano.
A questão do pecado original é também um ponto de divergência entre as duas religiões, uma vez que os judeus não interpretam a história de Adão e Eva como perda da Graça por parte do homem, e não procuram assim tirar da alegoria do Jardim do Éden quaisquer lições ou regras sobre a natureza humana.
No entanto, apesar das diferenças, terão sido os acontecimentos históricos o factor decisivo para o afastamento entre as duas religiões, que continuam a ter um objectivo e uma esperança comuns, como defende o cardeal italiano Carlo Maria Martini, arcebispo de Milão, na sua visão histórica e teológica.
continua...
NA ESQUINA DO TEMPO
Caminhamos parados,
Sem rumo,
Ou destino
Vagueamos perdidos,
Sem horizonte,
À deriva
Procuramos em vão
Uma estrada
Que nos conduza a lugar seguro,
E tranquilo
Só que andamos sempre...
Pela estrada errada
Cavaleiros solitários, perdidos...
Galopando sem rédeas
Ao sabor do vento
O rumo…tarda a ser tomado
Nesta cavalgada,
Por atalhos tortuosos
E diagonais assimétricas
Rememos pois, contra a maré!
Em busca do sonho,
Da igualdade e justiça...
No espaço infinito,
Do pensamento
Lutemos sempre,
Por essa utopia!
Visitem: Canto poético http://avano2006.blogspot.com
21 novembro 2006
JUDAÍSMO
Manuscritos do Mar Morto
... parte XV
Em Março de 1947, foram descobertos casualmente por um pescador, numa gruta de Qumran, no Mar Morto, os mais antigos fragmentos da Bíblia hebraica, escondidos pela tribo judaica dos essénios durante o século I. Depois deste importante achado, outras grutas seriam descobertas com muitos outros documentos.
Nos 800 pergaminhos apareceram comentários teológicos e descrições da vida religiosa dos essénios, revelando aspectos até então considerados exclusivos do Cristianismo. Alguns textos são muito semelhantes aos Envagelhos do Novo Testamento e referem-se a práticas que lembram a Última Ceia, o Sermão da Montanha e a cerimónia do baptismo. Estes documentos são considerados um dos principais achados arqueológicos da História.
Os Manuscritos do Mar Morto tiveram grande impacto na visão da Bíblia, pois fornecem espantosa confirmação da fidelidade dos textos massoréticos relativamente aos originais. O estudo da cerâmica dos jarros, onde estavam guardados, e o estabelecimento da data, através de carbono 14, confirmou que os documentos foram produzidos entre 250 a.C. e 100 d.C.
Destacam-se, nestes documentos, textos do profeta Isaías (em exibição em Jerusalém), fragmentos de um texto do profeta Samuel, textos de profetas menores, parte do Livro de Levítico e um targun (paráfrase) de Jó.
Antes da descoberta, alguns cépticos afirmavam que o Livro de Isaías, com todas as suas profecias sobre o Messias, teria sido escrito depois no Novo Testamento com o objectivo de afirmar e justificar Jesus Cristo como enviado de Deus.
continua...
TLEBS. INTELECTUAIS DISCORDAM
Logo que os jornais começaram a enfatizar a TLEBS (Terminologia Linguistica para os Ensinos Básico e Secundário), tive a percepção de mais uma calinada de alto quilate e escrevi aos jornais uma carta em 4 de Outubro, de tom bastante irónico (a ironia é a melhor arma para situações graves), que foi publicada no Público em 23 e depois inserida no Blogue A Voz do Povo. Pessoas de indiscutível valor intelectual e cultural e com conhecimento do ensino da língua portuguesa têm vindo a dar a cara contra mais este «pontapé na gramática». Ontem, foi entregue à Ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues um abaixo-assinado em cuja lista de assinaturas constam nomes como José Saramago, escritor, Maria Alzira Seixo e Manuel Gusmão, professores catedráticos de Literatura e Teoria da Literatura e Eduardo Prado Coelho, professor associado de Literatura.
Entretanto alguns professores, conscientes da importância da disciplina-conivência-cumplicidade, para a sua avaliação e repercussão na carreira, insurgem-se contra os críticos e opositores à TLEBS, por vezes de forma arrogante, insólita desrespeitosa dos outros, considerando-se os únicos detentores da sensatez e da verdade, mas sem demonstrarem qualquer laivo da necessidade, utilidade ou vantagem de tal inovação inqualificável que cai como um remendo gritante num tecido que dele não carece.
A ministra e os seus assessores aceitaram uma proposta, que ficou e vai ficar muito cara ao Estado, que é «incorrecta, abstrusa e inadaptável a certos níveis etários», como diz o abaixo assinado, confirmando mais uma vez que os políticos nacionais sofrem de uma doença grave, traduzida em complexos, preconceitos e insegurança, com receio de serem considerados incultos e ignorantes, o que os leva a não recusar qualquer imposição insólita e esquisita desde que tenha algum cariz intelectual. Há vários casos desse sentimento de insegurança e inferioridade:
O túnel d Belas, na CREL (cintura rodoviária exterior de Lisboa), aumentou o custo da construção daquela via em cerca de três milhões de contos (moeda da época), para preservar umas pegadas de dinossáurio que não são visitáveis, de que ninguém fala e que possivelmente serão erodidas pelo tempo sem delas ser retirado qualquer benefício cultural.
A pedreira do Galinha, na Serra de Aire, foi comprada pelo Estado por cerca de 500 mil contos para evitar o seu desaparecimento, mas, como não têm recebido cuidados de conservação, é duvidoso que possam vir a ser visitadas, e entretanto as condições atmosféricas encarregam-se da sua erosão.
A barragem de Foz Coa, após 20 milhões de contos de despesa, foi interrompida a fim de serem preservadas gravuras paleolíticas que, segundo técnicos, podiam ter sido conservadas sem prejuízo da barragem, numa altura em que já havia consciência da importância da água e da energia hídrica (não poluente e barata). O benefício da decisão foi nulo.
A barragem de Alqueva podia ter sido construída algumas décadas mais cedo se os governos não se tivessem submetido às pressões de «intelectuais bem informados e intencionados».
A barragem do Baixo Sabor continua nas gavetas devido a esta doença dos políticos.
A energia eólica podia há muito estar a cobrir grande parte dos gastos de energia do País, poupando petróleo e aliviando a balança comercial e a poluição, se não tivesse havido cedências aos «defensores dos passarinhos» que corriam o risco de colisão com as pás das hélices dos geradores.
A auto-estrada para o Algarve também podia ter entrado e funcionamento décadas mais cedo. Etc. etc. etc.
E a energia nuclear, há-de vir a ser a solução para o abastecimento de electricidade do País, mas muitas décadas depois da data lógica e racional.
Agora, na sequência destes exemplos, o complexo de incultura e ignorância surge no ministério da Educação, com a TLEBS, merecendo a contestação de pessoas notáveis pelo seu nível cultural e intelectual, de indiscutível valor. E contra eles levantam-se vozes que nada explicam sobre a necessidade, utilidade e vantagem da inovação, denunciando apenas o seu interesse pessoal, por o trabalho ser bem pago, e por professores que consideram perigoso para a sua avaliação discordar de S. Exa a Ministra.
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