21 novembro 2006

GENEROSIDADE DOS BEM SUCEDIDOS PARA A JUSTIÇA SOCIAL

Generosidade dos bem sucedidos para a justiça social

Cavaco Silva apela à generosidade dos bem sucedidos em benefício dos mais carecidos, o que embora nada traga de novo às doutrinas sociais, é bom que seja dito com frequência a fim de acordar as consciências adormecidas. Tenho referido com certa insistência que os bem sucedidos que viram o seu esforço, dedicação a um objectivo positivo e perseverança no bom caminho, devem ser apontados como um exemplo a seguir e serem objecto de notoriedade. Os outros são quase sempre arrastados pelos vícios da inveja e da calúnia, procurando diminuir o mérito dos melhores em vez de procurarem aproveitar os métodos mais validos para ultrapassar dificuldades e avançar para o sucesso. A inveja é um dos piores defeitos da nossa sociedade, que origina a procura da igualdade rasando por baixo, em vez de estimular a subida meritória dos mais fracos.
Mas, os que tiveram êxito, servindo-se bem das oportunidades que a sociedade lhes facilitou, têm um dever moral de devolver a essa sociedade um pouco dos frutos do seu êxito. Acabam por beneficiar dos benefícios que distribuírem pelos sus trabalhadores, clientes e população circundante. Há casos muito positivos a merecerem destaque como, por exemplo, a Delta em Campo Maior, onde existe um espírito generalizado de família. A melhoria que as empresas difundiram na população acaba por beneficiar as empresas, incluindo o volume da facturação.No entanto, infelizmente, é mais frequente o comportamento oposto, com uma louca busca insaciável do lucro por qualquer meio, o que acaba por ser uma patologia que não torna ninguém feliz. Tem sido muito falado o caso da EDP, que se gabou de ter avultados lucros no exercício do último ano, distribuindo chorudos dividendos aos accionistas e que, espantosamente, vem alegar ter suportado grandes prejuízos e, para os cobrir, ter de fazer aumentos brutais no preço da electricidade! Outro caso vem da banca que tem aumentado os custos da sua actividade, para aumentar de forma impensável os seus lucros, de que se gaba despudoradamente. Assim, abusando da sua posição de poder próximo do monopólio ou da concertação com a concorrência, qualquer grande empresa pode obter lucros fabulosos.
Ainda bem que o Presidente Cavaco difunde os bons princípios do capitalismo de inclusão e aponta as vantagens da filantropia que pode trazer vantagens competitivas, além de melhorar a equidade social.
Esta iniciativa é muito louvável e é desejável que obtenha os melhore resultados. Mas o problema da inclusão não fica totalmente resolvido, no aspecto geográfico, pois existem extensas áreas sem uma empresa de dimensão adequada a esta acção generosa e humanitária que as empresas, certamente, levarão a cabo num raio de acção limitado e onde se concentram os seus clientes e fornecedores. O interior, sem indústrias, vai merecer e exigir grande atenção do Governo e das autarquias a fim de não se acentuar o seu desfasamento em relação ao litoral. E não basta distribuir pão. Há que apoiar os idosos e estimular os activos, para o empreendedorismo, o cultivo das searas dos pomares, das hortas e das pastagens para a criação do gado, assim como para e«incentivar as empresas para a compra por preço justo dos produto e a sua industrialização, com mão de obra local.
Tendo Portugal dimensão territorial de dimensões tão restritas não deve manter-se a exclusão do interior num gueto de pobreza e abandono.

1 comentário:

Mário Margaride disse...

Boa noite amigo João Soares.
Concordo com o apelo de Cavaco Silva. Aliás, deveria ser um dever moral e patriótico, para aqueles que de facto podem contribuir, para que o fosso da desigialdade seja atenuado.
Espero que não caia em saco roto, esse apelo do Presidente da República.
Um abraço
M.Margaride

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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