01 novembro 2006

Levar a sério as alterações do clima

Perigos ambientais dos carros nas cidades

Temos andado de olhos vendados, a meter a cabeça na areia para não vermos os indícios evidentes, bem expressivos, da ameaça ambiental que resultará a «breve» prazo em graves alterações do clima. Felizmente, agora, parece estar a encarar-se mais seriamente este problema. Estará? Portugal, apesar da sua minúscula indústria, é um dos maiores produtores de CO2 e virá a ser um dos mais prejudicados na agricultura e no turismo.

Mas os governantes e os autarcas que, supostamente, deveriam estar atentos a problemas de tal cariz que afectam a sociedade em geral, parecem continuar a agir como se esta ameaça não fosse ou pudesse vir a ser real.

Basta reparar na quantidade de carros que todas as manhãs se dirigem às grandes cidades envenenando o ar com as emissões dos escapes, agravadas pela má carburação dos motores em regime de pára-arranca que, demorando a viagem, aumenta o tempo de emissão de gases perigosos. Depois de entrados nas cidades, estes carros, na maioria com apenas o condutor, provocam uma concentração que dificulta o movimento, tendo de andar às voltas à procura de lugar onde estacionar, muitas vezes em cima dos passeios com prejuízo para peões , deficientes em cadeiras de rodas e carros de bebés.

Agora irá agravar-se a poluição com a notícia de ir limitar-se a velocidade nalguns bairros a 30 Km/h, velocidade em que os carros, circulando em baixas relações de desmultiplicação de caixa de transferência, com mais altas rotações de motor, e mais tempo de viagem, aumentam o consumo de combustível e as emissões de gases.
Já em tempos foi dito que construir parques de estacionamento dentro das cidades é asneira por atraírem mais carros, quando a razoabilidade aconselha a afastá-los. A solução mais racional deveria consistir em criar parques, em altura, com grande capacidade, na periferia da cidade, de onde partiriam carreiras de transportes públicos para todos os sectores urbanos, os quais dada a rarefacção de carros particulares assim conseguida, circulariam mais rapidamente, com benefício para os utentes e para a qualidade do ar. Porém, em vez disso, têm sido construídos no centro urbano em apoio daqueles que gostariam de guardar o carro no escritório sob a secretária.

2 comentários:

Maria Soledade Alves disse...

Nunca percebi porque foram criados parques nos centros da cidade(refiro-me ao Porto) quando o razoável sería realmente criá-los ne periferia da cidade(interesses?),acredito que sim. Averdade é que para isso teríamos de ter também transportes públicos capazes de satisfazer as necessidades dos utentes, o que realmente não acontece.Quem depende de um transporte público espera e desespera!Os passes dos STCP encarecem, e os serviços prestados pelos mesmos são cada vez de pior qualidade.Esta é a realidade de quem diáriamente luta contra o tempo de espera. Pessoalmente, Nunca levo o carro para o centro da cidade(exactamente por todas as razões que apontou),por isso sei do que falo quando dependo de um transporte público. Mais uma vez saíu sómente uma tremenda asneira, ao construírem parques de estacionamento nos centros da cidade.E,mais uma vez eu aposto que "alguém" se orientou à grande com tamanha aberração...

Um Abraço:MªSoledade Alves

Anónimo disse...

Bragaparques...o que é feito daquele caso onde a PJ apanhou..."dizem" o responsável por aquela empresa que tentou-"dizem" subornar o Vereador Sá fernandes!?Alguém sabe disso?

Os media comem e calam

Abraços
MR

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