04 novembro 2006

“O Sindicalismo, origens e posicionamento actual numa perspectiva de resposta a um mundo global “

Um trabalho de:

Victor M. V. Simões;

Victor Gonçalves ( Homem Antigo);

Carlos Peixoto.




Índice


1.INTRODUÇÃO
2.AS ORIGENS
3.IDEOLOGIAS CONCEITOS E ACÇÃO
4.MOVIMENTO SINDICAL PORTUGUÊS
5.CONCLUSÕES
6.BIBLIOGRAFIA



INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende ser uma reflexão sobre o movimento sindical inserido nos movimentos sociais da sociedade industrial e pós industrial.

O percurso do sindicalismo coincide com o próprio percurso da sociedade capitalista, provavelmente o sindicalismo se esvaziaria numa sociedade assente em critérios de produção justos, em que cada um recebesse o valor justo do seu trabalho e que este simultaneamente beneficiasse o homem em termos de qualidade de vida e na medida em que as sociedades desenvolvidas são excedentárias em termos de bens de consumo disponíveis.

A origem do sindicato tal como o conhecemos hoje esta intimamente ligada a revolução industrial e a divisão do trabalho como foi conceptualizado pelos detentores dos meios de produção capitalista.

Foram as dificuldades dos operários em individualmente reivindicar e conseguirem melhores salários e condições de trabalho mais dignas face ao patrão todo-poderoso que emergiu a necessidade de perante uma luta desigual os operários se unirem e fazerem das suas vozes uma só, que originaram os sindicatos, isto é, de grupos de trabalhadores do mesmo ofício, representados pelos seus eleitos.

Os sindicatos e as suas formas de luta variam de sociedade para sociedade, embora pese que nas sociedades mais industrializadas a sua importância e o seu papel na dinâmica social seja de maior relevo.

Os sindicatos não são estáticos evoluem com a evolução das sociedades, hoje o seu papel não tem o peso ideológico que teve no passado, mas a sua importância e incontornável para as sociedades democráticas, não há politica social e politica para o emprego que não tenha nas negociações governamentais o representante dos sindicatos.

O trabalho continua a ter uma centralidade vital para as pessoas, ocupam os seres humanos num terço da sua vivência diária, e para grande parte da humanidade enquanto o sol aquece, bafeja e ilumina a Terra encontram-se enredados numa actividade que lhes remunera a sua existência, e que dá sentido à sua vida na esfera social como forma de efectivar, o seu contributo para com a sociedade.

A precariedade devido ao que alguns autores já chamam da terceira revolução industrial acabou com “emprego para toda a vida” bem como cimentou a angústia em que vivem os assalariados.




Ler mais em: Textos a Voz do Povo

4 comentários:

Anónimo disse...

Um belo post.Com boa informção.

Caro amigo Victor,só digo o seguinte;o sindicalismo nasceu talvez de uma bela ideia,pela luta dos direitos,slvaguarda dos trabalhadores.No entanto o sindicalismo é um interesse,um loby muito poderoso,com ligações estranhas.A ligação aos partidos diz tudo...quaze tudo!Como exemplo,digo-lhe que numa mesma organização existem por vezes 13 sindicatos,cada um defende ideais próprios...no fundo defendem tachos pessoais.A legislação prevê a profissionalização dos sindicalistas,retirando-os do trabalho "normal".Perdem a realidade,entram em jogos políticos!

Nunca fui sindicalizado.
Cumprimentos
Mário Relvas

Mário Margaride disse...

Olá Victor, bom dia.
Antes do 25 de Abril, mais concretamente em 1970, sindicalizei-me no então "Sindicato de Ourivesaria e Ofícios correlativos", e por lá estive antes do 25 de Abril com reuniões na clandestinidade, porque não eram bem vistos pelo regime. Nessa altura, defendiam de facto os interesses, das classes que representavam.
Após o 25 de Abril, os Sindicatos partidarizaram-se. A Intersindical afecta ao P.C que já existia emergiu. Mais tarde para contrabalançar, o P.S. e P.S.D. Criaram a UGT. Logo se percebeu a partir daí, que os sindicatos não eram mais do que veículos de interesses partidários. A partir dessa altura, acabou para mim, o autêntico sindicalismo que existia antes do 25 de Abil.
Hoje, é o que nós vemos e sabemos!
Há Lobys de interesses dentro das estruturas sindicais, que só defendem o que lhes interessa!
Um abraço.
Mário Margaride.

victor simoes disse...

Amigos, é verdade. Eu tambem não sou sindicalizado,e não o serei enquanto os sindicatos andarem a reboque dos partidos políticos.
Mas se leram o texto completo, é uma análise aos sindicatos.
Agora, e devido aos vicios sindicais, e tudo o que anda de nebuloso, por detrás dos mesmos, é que nós os trabalhadores gerais, não temos força, nem organização, para reivindicar o que quer que seja da entidade patronal, ou do Governo.
Um abraço a todos

José Faria disse...

Olá Amigos.
Este trabalho sobre as origens das organizações sindicais,enquanto orgãos representativos e defensores de todos os trabalhadores,(que assim eram num passado recente!) a sua necessidade existencial e o seu posionamento nos tempos que correm, requer uma análise profunda e séria, para se poder encontrar as razões do seu enfraquecimento e da sua actual fraca acção, quase virtual.
As manifestações não podem ser aproveitadas pelos sindicatos como que mostrando a sua força.
A sua força estaria na sua capacidade de intervenção e mobilização nos locais de trabalho, e na defesa e evolução na aprovação de rectificações positivas e justas dos contractos de trabalhos em todas as áreas das actividades laborais.
E já pouco importa estudarmos a vida e obra sobre a matéria... sobre justiça social de quem trabalha e produz riqueza conforme ditaram, Marx, Engles, Lenine, Staline e Mau Tsé Tung e outros pensadores, se calhar, já fora do contexto deste Século!
No pós 25 de Abril ainda haviam muitas fábricas a laborar, com grande concentração de trabalhadore têxteis, metalúrgicos, ferroviários, muita construção civil, etc.
A proximidade da Revolução e alteração do regime político, a par dessa concentração laborar, favorecia o diálo, as reuniões, as mobilizações, a eleição em plenários, de delegados e dirigentes sindicais.
Houve uma redução substancial nestas concentrações de trabalhadores.
Os Sindicatos "modernizaram-se" e passaram a ter como dirigentes,

(não os trabalhadores mais destacados, até por desenvoverem um activo trabalho responsável de entrega à causa sindical junto dos trabalhadores enquanto delegados,eleitos em Plenário)

mas doutores, engenheiros, técnicos e "lacaios" que estão no sindicato para dizerem sim com as entidades patronais e com o Governo, seja o Governo que fôr. Mas com os trabalhadores falam noutro tom, como se também estivessem a ser vítimas de falta de diálogo e de prepotências das entidades.
E vivem na esperança de hoje serem dirigentes sindicais, mas amanhã poderem ser deputados e, quem sabe, talvés secretários de Estado ou até Ministros.
Também o enfraquecimento com a injusta divisão e desigualdade promovida com os contratos de trabalho, com os de recibo verde,a laborarem juntamente com efectivos, a par do encerramento de empresas, o desemprego,a pobreza escondida e envergonhada; a revolta de quem lutou, de quem se deu e vé hoje tudo a ir "por água abaixo", eleva a descredibilização de quem trabalha, face ao papel dos sindicatos, que embora não se mostrando indiferentes, as suas acções não passam de entrevistas nos média e dum "pá-tu-á", em que já poucos acreditam.
Entendo que a história está cheia de exemplos de avanços e recuos na mobilização e consciencialização dos trabalhadores face à sua condição.
O comodismo só se transforma em mobilização, em luta, quando a fome aperta.
Por isso se esconde a fome, para que esta democracia sindical e governativa, não percam o brilho.

Um abraço a todos:
Victor Simões, Mário Margaride e Mário Relvas.

José Faria

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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