Segundo notícias dos diários, as consultas passam a ser marcadas segundo a sua urgência. «O novo sistema obrigará os hospitais a terem um médico responsável pela triagem dos casos que chegam dos centros de saúde, dando prioridade aos mais urgentes... No novo modelo, os atendimentos serão feitos de acordo com a urgência do tratamento. Os médicos do centro de saúde definem a prioridade e transmitem-na ao hospital». À primeira vista, é uma medida lógica, pois entre um doente grave e um ligeiro, aquele deverá ser atendido em primeiro lugar.
Mas, com este critério, o menos grave terá de esperar que o seu caso se agrave, talvez até se tornar irremediável e mesmo venha a ser chamado depois de ter falecido. Para onde vai a medicina preventiva e as campanhas de sensibilização? Tenho ouvido dos médicos que vale mais prevenir do que remediar, que uma doença detectada no início é facilmente curável, mas se só for tratada em estado adiantado, pode ser fatal. Enfim, conceitos que temos de esquecer, no Serviço Nacional de Saúde. Mais uma contradição do sistema que nos rege!
Com este critério, apenas os ricos podem recorrer a médicos e clínicas privadas para a medicina preventiva, para fazerem exames de despiste de cancros e outras doenças que devem ser tratadas quando recentes, evitando que se tornem graves e incuráveis. Os pobres, que têm como único recurso o Serviço Nacional, não podem ser tratados enquanto não estiverem em estado grave e sujeitam-se a que as famílias sejam avisadas da ida à consulta ou à cirurgia, uns meses ou anos depois do óbito.
Parece incrível, mas isto vem confirmar que há uma estratégia oculta para combater o envelhecimento da população que, como alguém dizia, poderá passar pela eutanásia e chegar ao genocídio dos reformados doentes para chegar ao holocausto de todos os reformados. Isso, realmente constituiria um alívio para as finanças do Estado que parece ser a maior preocupação da acção governativa.
3 comentários:
Caro A. João Soares,
tema real.O GOV não sabe bem o que quer fazer para tentar descer o défice,então cria medidas a vulso...
Seria certo se essa prioridade se tornasse real.Já é assim,quem chega a um hospital e acorre ao serviço de urgência é atendido mediante a triagem e em caso de acidente é atendido de imediato.
Essa situação agora postada deveria ter razão de existência se as pessoas fssem atendidas mediante a urgência mas atendidas em tempo útil,se podemos considerar sem ver a pessoa qual o tempo útil...
Um abraço
Mário Relvas
Caro amigo João Soares. É um tema interesante e actual. Mas o meu amigo começou por aborda-lo bem, mas depois derrapou! Ora a triagem, já há muito que existe! Faz todo o sentido que um doente de facto urgente. Por exemplo: Com um ataque cardíaco! Tenha prioridade, em relação a um outro que tenha um dor incomodativa nas costas. Embora esteja nessecitado de atendimento urgente! Mas o primeiro, é mais urgente do que o segundo, ou não será assim?
Porque isto de triagem, há anos que existe nos hospitais!
Não é nenhuma novidade!
O que pode não estar, é generalizado. Nada tem haver com outras situações!
Eu digo isto, infelizmente, com conhecimento de causa. Porque com alguma relativa, frequência, desloco-me à urgência hospitalar. Estou portanto dentro do assunto. Embora, pelas piores razões.
Um abraço
Mário Margaride.
Amigo João soares, só tenho duas palavras, GATUNOS E XUPISTAS!!!
Um abraço
Beezzblogger
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