26 fevereiro 2007

SAÚDE DE RASTOS!


O governo português, através do ministro da Saúde Correia de Campos, e na sequência da política seguida, no que concerne ao desmantelamento do Sistema Nacional de Saúde, pretende encerrar, muitas urgências hospitalares. Segundo notícias que têm vindo a lume, na comunicação social.
A acontecer! Será exactamente o desmantelamento do Sistema Nacional de Saúde pura e simplesmente!
Primeiro, o ministro da Saúde, acabou com as maternidades. De seguida, fixou taxas moderadoras obrigatórias de 5 euros diários nos internamentos em todos os hospitais.
Agora…quer fechar as urgências hospitalares! Quer não! Vai fechar, que é o que irá acontecer. Acaba pura e simplesmente com O Serviço Nacional de Saúde.

Não era suposto este governo! Que se diz socialista, e defender os que mais precisam, os mais carenciados, criasse condições, exactamente, para os proteger! Num dos seus maiores pilares, como é o acesso aos cuidados médicos. Quer nos hospitais, quer nos centros de Saúde. Era suposto não era?

Mas afinal, com estas medidas, faz exactamente ao contrário! Ou seja! As populações, que tinham um determinado serviço de urgência, num hospital perto da sua residência, onde numa emergência lá se deslocavam. Vão deixar de poder faze-lo!

Se o ministro da Saúde encerrar, como tudo indica, muitas urgências hospitalares. Essas pessoas, bem morrem pelo caminho! Até entretanto conseguirem, chegar à urgência hospitalar mais próxima. Que nalguns casos serão muitos quilómetros! E muitas dessas pessoas, não terão sequer transporte para lá chegarem.

Tudo isto é paradoxal! Então os Serviço Nacional de Saúde, os hospitais, maternidades, centros de Saúde, não são para estar ao serviço das populações!
Mas que se passa neste país? Os governantes enlouqueceram? Ou pelo contrário, somos todos nós, o povo…que enlouquece de vez, com tanto disparate, deste ministro da Saúde.

Que se calhar deveria era chamar-se! Ministro do desmantelamento da Saúde. Neste contexto, era o mais apropriado.

5 comentários:

victor simoes disse...

MMargaride, viva. Mas uma achega? O Homem, já não sabe o que há-de fazer à vida!

O director do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Boaventura Sousa Santos, considerou, ontem, que Portugal está a passar por um período "muito duro", marcado pela "destruição do Serviço Nacional de Saúde" (SNS). Numa mesa-redonda, em que foi discutida a experiência brasileira dos conselhos municipais de saúde, que permitem a participação da comunidade na definição das políticas de saúde, o professor universitário disse ser positivo "aprender com as melhores práticas, venham elas de onde vierem".
Fazendo a comparação com o que se está a passar em Portugal, o docente criticou "a racionalização economicista e tecnicista que está a dominar a reforma" do SNS. Em seu entender, o ministro Correia de Campos "utiliza a fachada de uma comissão técnica para impor índices estatísticos elaborados pelo Banco Mundial", para justificar às populações que determinadas valências são inviáveis.
"O que não põe à discussão é como é que chegou a esses critérios" que deveriam "ser discutidos pelos cidadãos". Os cidadãos que "estão a ver afectados os seus cuidados de saúde poderiam intervir", possibilidade que, acrescentou, lhes é negada.

Por: Paula Gonçalves em JN ed. On Line de 20-02-2007

A opinião de tão ilustre professor, vem de alguma forma reforçar as várias opiniões, já aqui publicadas no nosso "A Voz do Povo". Tem o crédito valorizado de ser pronunciada, por alguém com provas dadas de competência e reconhecido mérito enquanto, investigador e estudioso social.
Na verdade o nosso sistema de saúde, está a ser destruído, pelos apelos mercantilistas e pela desresponsabilização dos políticos. O Estado enquanto garante do equilíbrio e bem estar social demite-se e distancia-se, cada vez mais! Servindo todos os interesses instalados, menos os de Portugal e dos portugueses.

Anónimo disse...

Caro Margaride, efectivamente a aniquilação de alguns parcos direitos que os funcionários públicos detinham!?...tornaram-se no arranque para o fim do Estado Social.

Este governo prevê dotar os hospitais e maternidades encerradas de clínicas privadas em breve...

Os doentes terão que fazer seguros de saúde.

Prova disso são os constantes seguros de saúde que com a imagem de polícias me são apresntados em panfletos.

Os militares seguem o mesmo caminho com o fecho dos H. Militares e sua inoperacionalidade actual.

Pode ver o caso do Porto...o HMN1 está no fim!

As maternidades foram-se e irão continuar a fechar.Para o aborto serão feitos protocolos com clínicas.

Amigo, no outro dia tive de recorrer ao Hospital da Trofa (clínica privada, a mesma que avança em breve com novas instalações em Valongo...como Hospital de Valongo) e fui á urgência...bolas eram pessoas à espera que me vim embora.Só andava a urgência pediátrica.

Depois fui a uma consulta de oftalmologia e enquanto assistia ao fazer de fichas verifiquei que muitos dos pacientes/clientes que se lá dirigiameram portadores de um P1 passado pelo médico de família...

Ou seja oEstado tem acordos com clínicas e quem tiver um modelo P1 pode lá ir, sabia?

Moral da história:

Quem precisar em breve de bons serviços de saúde não irá a uma clínica, terá de ir a uma CLÍNICA DE LUXO, essa sim as verdadeiras clínicas do futuro, só para alguns com planos de saúde caros...!

Portugal para além de ter uma política de saúde insana caminha para a passos largos para para o fim do Estado Previdência,pois os nossos heróis clamam pelo fim da segurança social em prol de seguros de reforma.

Seria interessante que deixassem (ao menos) escolher então, entre pagar ao estado (impostos para a segurança social) mas eles não o podem fazer já porque alegam ter que pagar as reformas actuais!

Por isso quem puder ´já paga para o Estado nos descontos e para as seguradoras nos seguros complementos de reforma e outros.

Nada que eu não tivesse dito e escrito há muito.

Um abraço Margaride

Mário Relvas

A. João Soares disse...

Caro Mário Margaride,
Este caminho para um capitalismo selvagem, vindo de um partido socialista, é mais uma prova de que hoje não há diferenças entre direita e esquerda. E não é só cá. Já na Grã-Bretanha Blair tomou decisões tão à direita que a Teacher não tinha tido coragem de tomar.
Mas, além da política geral deste Governo, o ministro contabilista da saúde, já mostrou estar muito aquém das responsabilidades que devia assumir. Para o Governo recuperar a confiança do povo esclarecido e de boa intenção, deve substituir já este e os da educação, justiça e economia. Há nódoas que precisam de muito benzovaque.
Sobre ele, já aqui escrevi em 29/1, Situação dos idosos; em 30/1, OPela vida humana; em 9/2, Pessoas não são coisas.
Um abraço
A. João Soares

Anónimo disse...

Se o objetivo e ter uma saude privatisada entao que se crie um sistema social que benificie os que nao trabalhao por qualquer motivo.
se quem trabalha em vez de descontar para a seguranca social pagar esses descontos num seguro de saude lembrense que um patrao paga doi tercos e o empregado um , certo que iria ficar mais barato pagar seguro de saude e poder exigir que nao se dormisse nas urgencias toda a noite para ser consultado,pois quem pagava eramos nos atraves do seguro de saude as companhias nao iriao deixar pois nelas tempo e dinheiro e tudo que da prejuiso arranjasse alternativa.digo defendo um sistema social para quem nao tem recursos mas tambem defendo uma saude privatisada pois assi as responsabilidades erao acrescidas.fica a ideia .abraco ,m.o

Mário Margaride disse...

Boa noite a todos!

Agradeço as achegas que cada um de vós, aqui colocou. Salvo um ou outro capítulo, fora do contexto deste post, estamos todos de acordo, que estas medidas anunciadas a serem aplicadas, irão prejudicar ainda mais os utentes. E em especial os mais carênciados.

Estou curioso. Para ver o "Prós e Contras" desta noite, que é exctamente sobre este tema. O ENCERRAMENTO DAS URGÊNCIAS. Aguardemos pois!

Abraço

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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