Muitas vezes, a ironia permite encarar problemas sérios, de maneira ligeira, de forma a apresentarem-se mais simples e compreensíveis. Na sociedade nacional em que nos vemos narcotizados pelo futebol, pela Casa Pia e, agora, pelo referendo do aborto, somos abusados na nossa abulia, desinteresse, conformismo, indecisão, resignação, e deixamos andar o barco ao sabor das correntes. Mas é altamente conveniente que sejamos estimulados a observar os acontecimentos, procurando descortinar a linha condutora que os possa integrar numa directriz claramente definida ou, pelo contrário, as incoerências e contradições que, infelizmente, são mais frequentes do que o desejável.
Os «sábios» da Segurança Social, da Saúde e das Finanças têm-nos bombardeado com referências, em tom lamentoso, ao crescente envelhecimento da população. Nesse tom, bem caracterizado, inscrevem-se logicamente vários sinais de preparação de soluções para obviar ao envelhecimento e ao peso que representa nas finanças dos departamentos referidos. Já em curso estão as medidas economicistas que dificultam a sobrevivência de reformados e idosos no âmbito destes ministérios. São bem conhecidos, o que dispensa dedicar-lhes mais espaço. Parece aproximar-se a legislação sobre o «suicídio assistido» na forma de recusa de medicamentos que prolongam a vida. Será um passo difícil de limitar, porque a decisão poderá facilmente deixar de ser do próprio e passar a sair da cabeça de um herdeiro ou de uma instituição oficial que também beneficia com o óbito. Depois, já sem grandes problemas morais, com os corações mais empedernidos, valorizando mais os euros do que as pessoas, nada custará aceitar a eutanásia que rapidamente evoluirá para o genocídio dos que teimam em continuar a viver, acima de um nível etário fixado que irá baixando à medida que as finanças o tornarem conveniente para resolver o défice e a dívida pública. Desse genocídio por idades, facilmente se passará para o holocausto dos reformados logo que adoeçam.
Seria uma forma que, agora, nos parece brutal, mas que se enquadra no economicismo e no desprezo pela vida dos outros que se verifica em alguns sectores do Estado, quando levado às últimas consequências, perante a apatia e resignação do povo.
Mas o que é realmente chocante, por contrariar esta evolução lógica já bem visível, por se tratar de uma incoerência e de uma contradição, sem qualquer lógica é o APOIO AO ABORTO por parte do partido do Governo. De facto, o aborto contraria o rejuvenescimento da população, o qual exige mais nascimentos. E as contradições e decisões em zigue-zague do Poder tornam-se demasiado preocupantes e caras ao erário.
Para evitar esses inconvenientes do aborto, haveria que compensar cada IVG com a eutanásia imposta pelo Poder ao mais idoso que usufruísse de mais do que um reforma milionária (superior à média nacional). Dessa forma, mantinha-se o equilíbrio da idade média da população e criar-se-ia uma situação de alívio não negligenciável nas finanças públicas. Mas , atenção, nada de exageros nas esperanças ou receios, porque os mais alvejados seriam os antigos políticos e por isso os actuais detentores do Poder não vão cair nessa porque não são tão estúpidos ao ponto de assinarem tal sentença de morte a prazo.
Mas mantém-se o mistérios de lamentar o envelhecimento da população e de apoiar o aborto. Na nossa sociedade, fomenta-se a irresponsabilidade. Todos querem ter uma vida de risco, no desporto radical, na condução e no sexo e, se as coisas correm mal, acham que têm direito a serem tratados com o dinheiro público. Ninguém assume a responsabilidade das suas loucuras. Quanto ao sexo, há o copo de água, o calendário, o método Ogino-Knaus, a velha pílula, o preservativo, a pílula do dia seguinte. Mas, desprezam tudo isso e querem fazer contracepção com base no aborto em hospitais por conta do SNS. Assentar a contracepção no aborto é um crime contra a saúde das jovens mulheres e contra a generalidade dos cidadãos, por serem ocupadas camas de hospitais e gastos dinheiros que seriam necessários a pessoas doentes naturais e inevitáveis.
Os «sábios» da Segurança Social, da Saúde e das Finanças têm-nos bombardeado com referências, em tom lamentoso, ao crescente envelhecimento da população. Nesse tom, bem caracterizado, inscrevem-se logicamente vários sinais de preparação de soluções para obviar ao envelhecimento e ao peso que representa nas finanças dos departamentos referidos. Já em curso estão as medidas economicistas que dificultam a sobrevivência de reformados e idosos no âmbito destes ministérios. São bem conhecidos, o que dispensa dedicar-lhes mais espaço. Parece aproximar-se a legislação sobre o «suicídio assistido» na forma de recusa de medicamentos que prolongam a vida. Será um passo difícil de limitar, porque a decisão poderá facilmente deixar de ser do próprio e passar a sair da cabeça de um herdeiro ou de uma instituição oficial que também beneficia com o óbito. Depois, já sem grandes problemas morais, com os corações mais empedernidos, valorizando mais os euros do que as pessoas, nada custará aceitar a eutanásia que rapidamente evoluirá para o genocídio dos que teimam em continuar a viver, acima de um nível etário fixado que irá baixando à medida que as finanças o tornarem conveniente para resolver o défice e a dívida pública. Desse genocídio por idades, facilmente se passará para o holocausto dos reformados logo que adoeçam.
Seria uma forma que, agora, nos parece brutal, mas que se enquadra no economicismo e no desprezo pela vida dos outros que se verifica em alguns sectores do Estado, quando levado às últimas consequências, perante a apatia e resignação do povo.
Mas o que é realmente chocante, por contrariar esta evolução lógica já bem visível, por se tratar de uma incoerência e de uma contradição, sem qualquer lógica é o APOIO AO ABORTO por parte do partido do Governo. De facto, o aborto contraria o rejuvenescimento da população, o qual exige mais nascimentos. E as contradições e decisões em zigue-zague do Poder tornam-se demasiado preocupantes e caras ao erário.
Para evitar esses inconvenientes do aborto, haveria que compensar cada IVG com a eutanásia imposta pelo Poder ao mais idoso que usufruísse de mais do que um reforma milionária (superior à média nacional). Dessa forma, mantinha-se o equilíbrio da idade média da população e criar-se-ia uma situação de alívio não negligenciável nas finanças públicas. Mas , atenção, nada de exageros nas esperanças ou receios, porque os mais alvejados seriam os antigos políticos e por isso os actuais detentores do Poder não vão cair nessa porque não são tão estúpidos ao ponto de assinarem tal sentença de morte a prazo.
Mas mantém-se o mistérios de lamentar o envelhecimento da população e de apoiar o aborto. Na nossa sociedade, fomenta-se a irresponsabilidade. Todos querem ter uma vida de risco, no desporto radical, na condução e no sexo e, se as coisas correm mal, acham que têm direito a serem tratados com o dinheiro público. Ninguém assume a responsabilidade das suas loucuras. Quanto ao sexo, há o copo de água, o calendário, o método Ogino-Knaus, a velha pílula, o preservativo, a pílula do dia seguinte. Mas, desprezam tudo isso e querem fazer contracepção com base no aborto em hospitais por conta do SNS. Assentar a contracepção no aborto é um crime contra a saúde das jovens mulheres e contra a generalidade dos cidadãos, por serem ocupadas camas de hospitais e gastos dinheiros que seriam necessários a pessoas doentes naturais e inevitáveis.
12 comentários:
Uma analogia interessante.Já manifestei a minha opinião em pots anteriores.Não sendo faccioso,sou a favor da vida.Não vendo nisto uma causa prioritária,encaro o referendo ao aborto como um analgésico tendo como medida um adormecimento momentâneo para as situações reais do país!
O povo vai nisso,sempre.Agrada-lhe dizer sim ou não.Muitas vezes até sem refletir.Fenómeno da clubite e da partidarite,doenças que os portugueses têm,mas sem tratamento...
Obrigado por não deixar esmorecer este tema,que merece comentários esclarcedores de todosdos "sim" e do "Não".
SIM À VIDA!
Mário Relvas
O meu amigo João Soares, Ainda não compreendeu, ou não quer compreender! Que aqui o que está em causa nesta questão do referendo, além de a lei vigente passar a ser abgangente aos demais casos de aborto. É fundamentalmente a despenalização criminal, dessas mulheres que engravidam contra a sua própria vontade que está em causa! Que poderá ser uma filha sua ou minha! Que pela lei actual irão à barra do tribunal se abortarem, e ir parar à cadeia! Essa é que é a questão central! O meu amigo não sabe, que os contraceptivos são falíveis? Deixemo-nos de conversa da treta e de demagogia! E daqui lhe faço uma pergunta meus caros amigos! Estão de acordo ou não, que as mulheres sejam presas por abortarem dentro desse prazo das 10 semanas, sem ser por esses motivos previstos na lei actual? ESSA MEUS AMIGOS, É QUE É A QUESTÃO CENTRAL! EU, NÃO ESTOU DE ACORDO. E OS MEUS AMIGOS ESTÃO...!?
Um abraço
Mário Margaride.
Quem é que assenta a contracepção no aborto? Essa teoria de que "ABORTO AGRAVA ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO" é completamente falsa.
A única verdade é que as mulheres portuguesas ainda vivem na Idade Média e também no tempo da Santa Inquisição. Deixemos, de uma vez por todas, que ELAS tenham o seu direito de optar.
Deixe lá a Santa Inquisição em paz,que aqui ninguém conhece essa senhora nem mais gorda nem mais magra!...Faz parte da História,tal como Hitler,os solcialistas Marx,Lenine,Mao Tsé Tung.Para essa santa,tenho o santo Estaline.Que tal falarmos sem agredir?
Porque se for preciso descamba-se e em força!Opiniões são opiniões.Ningu´
em quer que ninguém vá preso,mas se transgridem a Lei amigo Mario Margaride,têm que se sujeitar às sanções penais.Eu não quero que as pessoas vão presas,mas se assaltam ou traficam droga,se praticam abortos "ILEGAIS",devem responder por isso.Quem eu queria que fosse presos eram quem ganha dinheiro com isso.
APOSTEM na INFORMAÇÃO,assim não podem alegar desconhecimento.Sr Mário Margaride e Ludovic,fiquem com a sua e eu fico com a minha.Se as meninas tiverem uma gravidez indesejada devem cuidar da responsabilidade que cometeram.Proiba-se de vez os nascimentos e acabem-se com os idosos.
Onde vai parar a humanidade?Ou comecem a ter só bebés de olhos azuis e arianos como queria o Hitler e por encomenda de catálogo.Não vêm que estão a destrur a natureza?Porque só falam como militantes e não com convicções desenvolvendo o que é o SIM.Eu digo que se a lei não está bem,deve ser revista,mas não tornar o aborto totalmente despenalizado,pois não farão outra coisa senão abortos por estupidez,porque os meninos praticam sexo em grupo,alcoolizados todas as noites,muitos até dentro de discotecas (já vi)...
Reparem se calhar já fui mais vezes a discotecas que alguns ainda hão-de ir.Sou liberal,mas não podemos fugir às responsabilidades dos actos.Já agora para que ninguém vá preso,para que não haja crimes leves ou graves,acabe-se com a lei,ou torne-se tudo igual,quem infringir um determinado crime,terá uma pena igual a quem matou!Vermos as coisas pela igualdade não é tornar crimes diferentes com penas iguais.É justamnete dividir os crimes,ninguém vai preso por praticar um aborto.Seia punido...seria,penso que não houve alguma punição...com a consequente pena prevista pela lei!
Conversa sempre igual.Não apontam razões para tal sim.
Eu grito sim à vida.Durante as 10 semanas já existe uma vida.Se as vossas mães tivessem facilidade em fazer abortos,alguns dos que aqui pela despenilazação total gritam,não estariam entre nós!!
A verdade é que é essa!!!
Cumprimentos pela Vida!
MR
Leticia Gabian said...
Faço forte campanha a favor da prevenção. Sem ela, o que vier depois pode ser muito complicado de resolver, por envolver, no mínimo, três vidas.
Por formação, sou avessa ao aborto. Meu pai era Ginecologista Obstetra e passou aos filhos toda a beleza e o valor da vida humana.
Prevenir é a melhor opção.
Abraço do Brasil
6:08 PM
Opinião de uma mulher...
Mário Relvas
Amigo Relvas,
Não foi minha intenção agredir, tão somente exprimir o que penso. Como sou da área de história faço sempre alusões à mesma.
Um abraço e Bom Fim de Semana
Meu caro João Soares. Ainda não me conseguiu responder, se é ou não contra a criminalização...! É esse o cerne desta questão! Estou A espera que me responda. A questão de ser 10 semanas, e não 6, 7, 8, ou 9. Isso já é uma questão técnica, médicamente falando. Que não lhe sei responder!
Mas não fujamos à questão! O referendo , é se concorda ou não, com a descriminalização! E a isso meu amigo, ainda não me respondeu! Eu não concordo, que mulheres sejam presas, quando em circunstâncias extremas recorrem ao aborto! Sejam 10, 9, 8, 7,6 ou quantas forem. Nenhuma mulher, faz o aborto porque lhe apeteceu naquela altura faze-lo!
Nestas situações, temos que ser claros, e inequívocos!
O meu amigo é contra, ou favor da prisão das mulheres por abortarem? Essa é que é a questão.
Cumprimentos.
M.Margaride.
Meu Amigo João Soares, muito boa noite. Desculpe a ousadia, mas é verdade. Estou muito baralhado nesta questão. Há coisas, com as quais eu não estou apto a dar uma opinião, pois sou temeroso e ignorante. Técnicamente não estou preparado, como é óbvio. Sentimentalmente, estou confuso. Embora ache deixar esse assunto para as mulheres, não por uma questão de cobardia, mas de ignorância e educação retrógada, talvez, tenho "medo" de ser concreto neste caso.
Boa noite meu Amigo, mas não pare. Se está convicto de que as suas posições são as mais corretas, siga em frente.
Até sempre: david santos
Senhor João Soares, muito boa noite.
Eu chamo-me Margarida da Conceição, esposa do david santos, seu colega de "A Voz do Povo". Pois não concordo com as posições do Senhor nem com as do meu marido.
Sou totalmente a favor do aborto. Pelo menos até às doze semanas.
Com a maior consideração estima. Margarida da Conceição.
Olá meus amigos!
Queria só acrescentar que a fronteira das dez semanas foram somente convencionadas, estudadas e apresentadas por quem nunca engravidou nem pariu.
"Que os Pariu!"
A mulher que aguenta, engravida e muitas vezes sem o querer, não tem voto na matéria.
Continuamos a viver democracias maxistas e não democráticas!
Elas também têm culpas, que berrem, que se manifestem,que digam de sua justiça e da sua barriga, que liderem e se candidatem... que deêm um murro na mesa e... se fôr preciso ir mais longe, pois que deêm o murro nesse mais longe:
Nas trombas do maxismo que continua a ser dono da política social! - Que deixem de ser tão submissas e comandadas...!?
Um abraço a todos!
José Faria
É engraçado... as mulheres que me têm escrito,aquelas que comigo conversam sobre o tema,são contra o aborto fora da lei actual.
Volto a dizer amigo M: Margaride se transgridem a lei que foi votada aprovada na AR DEVEM SER PUNIDAS,tal como quem pratica uma outra infração ou crime previstas no Código Penal.
Eu sou CONTRA o referendo.Pois há uma lei em vigor,se o PBX (partido berdadeiramente xuxialista) e os partidos de esquerda-marxistas,leninistas,ou anarquistas,alterem a lei,como o fazem tds os dias no parlamento.Para que se quer o referendo?!Sim eu sei amigos,para dizer viram como o povo está com o PS?Ganhámos o refendo-por isso se houvesse legislativas ganhariamos (o povo de tão absorvido na sua mesquinhez e importancia de dizer sim ou não-esquece-se disto).Esta é a verdade meu caro amigo M. Márgaride se o parlamento alterasse a legislação e deixasse de ser crime?!!para que um referendo.Eles querem é poder dizer que o povo está com o governo.
AP-psicologia de massas!
Banal!
Para lá disto td sou efectivamente a favor do SIM-mas do sim à vida-sem drogas,sem mortes anunciadas ou decretadas na lei,sem humanismo,sem liberdade de quem está no ventre concebido com amor ou a maioria delas por sexo apenas (sim somos animais) PODER NASCER-E SER PRATICADO UM CRIME-O ABORTO!Este mais não é que a liberalização do sexo,sem que se responsabilize quem o pratica.Eu concordo com a LEI ACTUAL!
O estado em vez de fazer abortos de referendos deve fiscalizar quem pratica abortos ilegais em Portugal.Refiro-me às clinicas,às "abortadeiras" que tds no país de uma forma ou de outra sabemos que o fazem.
Registo a opinião da esposa do David Santos que é a favor do aborto,penso que contrariamente à opinião "conservadora do David".Caro David,as opiniões são isso mesmos,sem serem apelidadas de conservadorismo ou outra.Dá a entender que para ser moderno ou evoluído temos que ser contra a nossa essência.Assim caro amigo David,orgulho-me de ser conservador,mas realista,de pugnar pelo direito à vida,condenando todos os que contra ela lutam ao seu nível local e mundial.Nas nossas casas ou no Iraque.Temos que ter opiniões e sabermos porque as temos!
Abraços para todos
Mário Relvas
Mário Relvas
Acham digno que antes da lei ser alterada a RTP em colaboração com o governo nos passe imagens como a daquela clínica espanhola se está a instalar em Lisboa?Acham justo que um ministro-Correia de Campos receba no seu gabinete uma senhora meses antes do debate nacional,"o referendo"?Mas isto td não é uma palhaçada antecipando e forçando o voto no sim?
Que demagogia e forma tão simples de fazer AP.Só não vê quem não quer ou cego pela importância que sente por "poder dizer sim ou não",neste nosso país de constante inépcia.
Continuemos o debate amigos,tragam ideias,mas justifiquem o vosso ponto de vista.Porque acham que não deve ser crime,porque acham que a lei actual está mal,ou porque acham que está actual!
Daqui a oito anos quando for outro governo a estar no poleiro das orgias do pensamento,achariam justo anular o sim ao aborto por um referendo novo?
Pois o dinheiro que se gasta,os milhões,campanhas,votos,referendos,são um custo muito grande para o país e claro, aí o governo já não pensa em poupar,porque lhe interessa mascarar a situação politica actual,muito conturbada e sem rumo!
"Por maioria de razão"
Abraços a tds
MR
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