Os meus amigos já me conhecem como defensor da racionalidade e da lógica das decisões. Podem ser cometidos graves erros, mas se a decisão tiver sido tomada com base em dados tidos como correctos, a conclusão a que se chegar, depois de um raciocínio bem conduzido, não deve ser atacável. Mas... errar é humano.
Nos dias que estamos a viver, ouve-se repetidamente falar do envelhecimento da população, da despenalização do aborto, da recusa de tratamento para prolongar a vida em situação terminal de doença incurável, de problemas financeiros da segurança social, etc. Trata-se de um conjunto de dados que, bem analisados e equacionados poderão conduzir a várias pistas.
A posição do partido do Governo em relação à legalização do aborto parece ser contrária às razões que têm levado a segurança social a lamentar o envelhecimento da população. Quanto menos nascimentos, maior será o envelhecimento, por falta de rejuvenescimento que só pode resultar de partos bem sucedidos.
Há dias, ouvi uma opinião que afirmava que o aborto até poderá ser útil se cada um corresponder à eutanásia forçada de um idoso beneficiário de uma ou mais reformas milionárias. Em termos matemáticos, esse raciocínio está correcto, mas, como iria afectar prioritariamente políticos e seus amigos, não teria viabilidade prática. Porém, a recusa de tratamento para prolongar a vida não será suficiente para esse fim e não irá atingir os milionários que, por norma, são egoístas acomodados.
Uma outra solução para evitar o aborto, sem lesar os interesses das mulheres grávidas que os pretendem fazer, seria o Estado tomar conta das criancinhas, criá-las, educá-las e dar-lhes o apoio paternal adequado. Aliás, isso seria lógico para todos os bebés. Nos tempos das sociedades rurais, os filhos eram uma riqueza para os pais que, assim, dispunham de mão-de-obra para amanhar os seus terrenos, e apoio garantido na velhice. Pelo contrário, hoje, não há benefício em ter filhos que apenas dão problemas, aborrecimentos, limitações, despesas, sendo afinal o País (além deles próprios) o único beneficiário da preparação que os pais lhes dão. Tem, portanto, lógica que o Estado tome conta das crianças, o que traria grandes benefícios gerais e libertaria os hospitais dos abortos decididos pelas mães «porque sim». A maior dificuldade para o Estado seria a da protecção das crianças contra as investidas de pedófilos de colarinho branco e gravata.
Embora daqui a alguns anos estas ideias possam ser encontradas na legislação, considero-as, neste momento, meras especulações assentes nas possibilidades lógicas, sem qualquer entusiasmo para as defender nos tempos que correm. Os visitantes podem apresentar críticas, com soluções diferentes para os problemas de que por aí se fala.
2 comentários:
Caro A. João Soares,viva!
Caro amigo não vejo por onde lhe pegar.Primeiro concordo com a sua análise,mas depois ponho-me na real e penso:
Não,eles não tomam conta já dos outros,como tomarão conta destes?
Ora bem,meu amigo,eles não tomam conta,nem deixam frequentar os deficientes mentais e outros,as escolas normais...As instituições e associações de deficientes nã têm dinheiro e as prestações da segurança social estão tão atrazadas como o crescimento do país.Isto está falido.Portanto eu não sendo a favor do aborto,só vejo uma solução-aquela que o meu amigo diz e bem o HOLOCAUSTO dos mais desfavorecidos,os deficientes (que até merecem lei nova sem que se cumpra a antiga) e os idosos.Económicamente (só percebem esta linguagem-única dos iluminados rosistas/cravistas),se fizerem um aborto legal gera criação de emprego,movimentação de capital,impostos;por isso abortar em força.Sobre a eutanásia,sim,mais impostos,mais actos clínicos e por cada um que se "trata da saúde definitivamente",sobra mais uns dinheiritos para o estado.Como há muitos reformados,será também para a eutanásia,em Força.
Resumindo Portugal vai facturar nos próximos anos muito na área da saúde e se contarmos com os cortes e o princípio do fim do SNS,teremos ainda lucro!!
O Instituto de emprego já chorou ao governo que também precisa de eliminar uns quantos,vamos ver se os deixam participar na brincadeira.Quanto aos do rendimento mínimo de Ferro Rodrigues,muito estimado amigo dos pobres,dos desintegrados,mas que não gostou que o metessem ao barulho no casa-pia,esses fruto do seu enorme esforço em não trabalharem nem que chova ferros de engomar,esses manterão o seu previlégio.
Quanto aos ex-combatentes,ouvi dizer que vão deixar de receber o complemento dado por PP.Para já ouvi para aí dizer que mandaram a única DRA que trabalhava nos processos de FÉRIAS para as Caraíbas...Expediente encerrado.
Vamos de vento em popa!
Um abraço amigo A. João Soares
É curioso amigo Soares esse seu ponto de vista! O Estado a tomar conta das criancinhas! Qual Estado? O Estado somos todos nós, já esqueceu? Só se o amigo estiver a falar, em instituições do tipo da casa Pia, será? Não há duvida que ficariam bem entregues!
Um abraço.
Mário Margaride
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