29 outubro 2006

Maomé e a Guerra Santa

... continuação parte VIII


A expansão


Contudo, Teodoro, irmão do imperador, é por ele mandado para a Palestina para averiguar o progresso do inimigo e tentar impor a soberania imperial na provìncia. Perto de Jerusalém, defronta-se com um exército árabe em Gabatha e com outro em Ajnadain. A derrota cristã não tarda e so árabes, confiantes, prosseguem a invasão, tomando algumas cidades do Sul da Palestina, como Teberíades, Baalbek e Homs, que não ofereceram resistência. O objectivo árabe a curto prazo era a tomada de Damasco, o que ocorre após curto cerco, em Agosto de 635.
Agora, já devidamente consciente da ameaça árabe, Heráclio tenta contrariá-la mandando para a região dois exércitos, mal organizados, compostos pelos soldados que se conseguiram arranjar. Com pressa para recuperar o terreno perdido e tentar consolidar a defesa da Síria, o imperador vê-se forçado a recorrer a soldados arménios, que incorporaram um dos exércitos, liderados pelo prícipe aménio Vahan.
Um grande número de soldados árabes cristãos também foram recrutados para lutar ao lado dos arménios. Teodoro Trithyrius, a mando do imperador, segue com tropas mistas para reforçar o contingente. O inimido, assustado, abandona Damasco e o vale do Rio Orontes, tentando consolidar uma defesa. A 20 de Agosto de 636, no Rio Yarmuk, perto do Mar da Galileia, dá-se a batalha decisiva, e os exércitos bizantinos são completamente derrotados graças a um acto de traição.
Os soldados árabes cristãos, mal pagos e hostis ao imperador, porque eram monofisitas e não toleravam perseguições a que eram sujeitos, decidem passar-se para o lado inimigo. O general Trithyrius e o arménio Vahan morreram com quase todas as tropas bizantinas. Sem qualquer protecção, a Palestina e a Síria ficam à mercê do invasor.
Em Antioquia, Eeráclio recebe a notícia com profundo pesar. Teodoro culpa o imperador pela desgraça, pois a derrota era o castigo de Deus pelo seu casamento incestuoso com sua sobrinha Martina.
Segundo o patriarca jacibita de Antioquia, Miguel, o Sírio (que escreveu cinco séculos depois destes acontecimentos), após um serviço solene na catedral, Heráclio dirigiu-se ao porto, descendo a encosta até ao mar, e embarcou para Constantinopla. Com o seu navio ao largo da costa, terá gritado, profundamente revoltado, a célebre frase: "adeus, um longo adeus à Síria".

3 comentários:

José Faria disse...

A Voz do Povo à altura de todos os gostos, de formação, educação, diálogo, intervenção, história...O saber e o conhecimento do presente e do passado, aqui escarrapachado!

Um abraço amigo David Santos

José Faria

david santos disse...

Amigo Fria, estou-lhe muito grato pelo livro que me ofereceu. É o livro que estou a ler actualmente, se me permite, é um dos livros que me vai ficar para sempre, como sabe, eu sou um releirot assíduo de poesia, nomeadamente, de Cesário Verde, pois o meu amigo, desculpe a comparação, as suas partes populares, as rimadas, fazem em muito recordar-me aquele jovém que há tantos anos nos deixou, mas que para sempre ficou nos nossos corações. Pois a sua poesia também ficar ficar no meu, garanro. Um abraço.
Até sempre: david-santos

José Faria disse...

wvnlvixObrigado amigo David.
Obrigado pela comparação a Cesário Verde, eu mesmo sinto isso.
Julgo que aí no livro, "desabafo" com honestidade e sinceridade,aquilo que sou, sem complexos de agradar ou desagradar. (O que por vezes nos trás desagrados!) É facil do amigo entender isso, porque alguns desses trabalhos foram publicados no tal jornal regional.

Obrigado e um abraço

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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