04 outubro 2006

MERETRÍCIA DE VIDA, A DO POVO

Não lhes vou chamar canalhas.
Aliás, não lhes quero chamar o que são.
Chamo-lhes putos ou caras desavergonhadas;
Escondidos da honestidade, metidos na podridão.
A honestidade é nosso apanágio. Há quem diga:
- Melhor que nós, nem os que hão-de vir.
E eu? Que depois de os ouvir, vejo ser tudo cantiga!
Badalam, badalam, mas, passam a vida a mentir.
E quem sou eu, senão o doutor dos ventos e dos tempos?
Sou como os burros mais burros, que não chegam a jumentos.
Sou um antidemocrata, é o que eu sou.
Se tivesse juízo, lucidez ou me benzesse com água benta,
Mas não tenho nem benzo. Quando é para votar, lá estou,
Para dar aos que governam uma média de oitenta.
Por cento, claro está! Depois grito e digo: nunca mais vou votar,
Mas a verdade é que vou e nada faço para mudar.
Roubam, roubam, digo eu: são sempre os mesmos ou as mesmas.
Por isso, sou antidemocrata. Voto neles ou nelas, mas não mudo de abantesmas.
Será medo? Será cobardia, votar na maioria? Viverei, à custa do «PODER»?
Algo de muito errado se passa comigo...
Andarei a queixar-me para alguma coisa esconfer?
Não estarei, embora diga o contrário, comprometido?
Estou desempregado. Vivo na miséria. Mas voto neles,
Não! Tenho que ver. Não posso ser assim tão reles!

david santos

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro David,temos realmente que ter consciência que a democracia na teoria é bela,mas na prática e com o passar dos anos torna-se num cinzentismo negro.
Por vezes os regimes democráticos "survam" mais que as ditaduras,pois estas são governadas sempre pelos mesmos.Nas democracias "virtuais", a saga de sanguessugas é constante rotação sempre entre os mesmos,aqueles que nos martelam o juízo com ideias fantásticas há 32 anos e tudo dizem fazer para bem do povo.Quando disse em comments ao amigo Mário Margaride aqui há dias,quando se rejubilava pelas "ideias brilhantes" do governo em relação à funçaõ pública,eu dei a minha discordância,porque sei o que a casa gasta e aí veio... mais urgências a fecharem.Pois não ´são só as maternidades,as escolas,as delegações da PJ,mas em breve serão também centralizados e fechados alguns hospitais para que se possa construir novos (como em Braga).Há que dar dineiro às empresas de construção civil,aos homens do betão e corrupção.Não é a pensar no povo que fazem isto.Não é possível que seja.

Um abraço David

Mário Margaride disse...

Caro amigo David.
Em comunicação a quem de direito, já informei que não voltarei a escrever mais como colaborador, com muita mágoa, mas tomei esta decisão.
No entanto, desde que um tema aqui colocado, me suscite um comentário, fálo-ei.
Como é o caso concreto.
O David tem razão, quanto à nossa própria contradição intrínseca. Contestamos, contestamos...mas na hora de votar...lá vamos nós votar se calhar, nos mesmos que criticamos.
Embora...como ás vezes o amigo diz, não generalize.
Se o meu amigo me permite, deixaria um texto para todos refectirem.
Aqui está:

Gostaria de partilhar convosco, algumas preocupações, com que, no nosso dia-a-dia, nos confrontamos.
Deparamos com muita frequêcia, com milhares e milhares de pessoas...Com semblantes carregados pelo desespero.
Porque...Não têm onde dormir, nada para comer, não têm, nem trabalho...Nem emprego.
Não têm...Nada!!!
São os excluídos da sociedade.
Marginalizados por todos nós.
Que somos egoístas!
Que olhamos apenas...Para o nosso próprio umbigo.
Que temos vergonha!
Ou apenas... Queremos fazer de conta...Que não vemos...
Para não nos sentirmos responsáveis!
É a altura, de sermos solidários.
Porque, amanhã...
Poderemos ser nós...A estar nessa situação
Poderemos ser nós, os excluídos.

Um grande abraço, Mário Margaride
.

Anónimo disse...

Caro Mário Margaride (desculpe David),não compreendo essa decisão,pois da minha parte não há nada de pessoal contra si.Eu respeito,quero apenas ser respeitado também.Escreva no sítio habitual pois concordo com as suas ideias na maior parte dos comments que fiz.Eu saí e voltei,porque achei que não estava a dar o meu contributo e opiniões para ajudar quem de mim precisa.Não cometa esse erro!
Esta ,penso eu é a vontade de todos,não sou dono deste blog,sómente das minhas ideias.

Venha e seja livre.

Um abraço aos dois
Mário Relvas

david santos disse...

Mário Margaride, muito boa tarde.
Em primeiro, quero agradecer-lhe a apreciação ao texto, pois diz tudo que ele contém, nem mais nem menos.

Quanto ao restante, meu amigo, vou-lhe dizer que não dei a mínima importância, porquê? Porque o Mário não reparou que tomou a única decisão que não devia tomar. Por isso, não vou voltar a falar do assunto e ficar certo de que meu amigo continuará a ocupar o seu lugar, aliás, brilhante, como ocupou até ao momento. Que é isso? Basta uns "arrofos", até de pessoas que não são más pessoas, mas que impensadamente nem sempre dizem o mais correto, aliás, como o meu amigo está a fazer agora, vai abandonar um trabalho que todos desejamos que seja permanente. Não, meu amigo. O meu amigo está enganado! Pense e veja se tomou ou não a única posição que não devia ter tomado? Os homens como o Mário, não torcem, quebram. Como o ditado "mais vale quebrar que torcer". Como o meu amigo não quebrou também não tem nada que torcer. Ainda hoje, sem falta, mas mesmo sem falta, quero ler um texto seu. Vou-lhe dar as dicas: vento, fogo, água e e saudade. Vou ajudar, embora não tenha a mínima ideia do que se fosse eu a fazer faria: vento: coisa que voa. fogo: coisa que arde, mas não queima. água: rio ou mar. saudade: futuro.
Fico à espera, não vou dormir enquanto não vir um texto aqui postado e escrito por si, que me fale de tudo isto.
Até já, amigo Mário:
Sempre ao dispor das pessoas que considera: david santos

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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