A chuva chove mansamente... como um sono
Que tranqüilize, pacifique, resserene...
A chuva chove mansamente... Que abandono!
A chuva é a música de um poema de Verlaine...
E vem-me o sonho de uma véspera solene,
Em certo paço, já sem data e já sem dono...
Véspera triste como a noite, que envenene
...Num velho paço, muito longe, em terra estranha,
Com muita névoa pelos ombros da montanha...
Paço de imensos corredores espectrais,
Onde murmurem, velhos órgãos, árias mortas,
Enquanto o vento, estrepitando pelas portas,
Revira in-fólios, cancioneiros e missais...
Autor: Cecília Meireles (Poetisa Brasileira/1901-1964)
4 comentários:
Obrigado Naty. É lindo! Muito lindo! Tal como ela, Cecília Meireles, tudo o que nos dizia era lindo! Lindo e real. Aliás, Cecília Meireles era uma poeta do real, da vida, do mundo que a rodeava a ela e nós, embora, quantas vezes, a imaginássemos em sonhos, em delírios, que só os muito bons podem possuir. Felicidades para ti, Naty e um até sempre para a autora de a "A chuva chove", aquela que jamais morrerá e sairá dos nossos corações: Célia Meireles.
Seja bem-vinda, à nossa equipe. Desde já os meus cumprimentos, é sempre com muito agrado, que vejo juntar-se a nós, amantes da poesia.
Desde já lhe endereço o convite, a visitar o meu site no "Recanto das letras", e o meu blogue "Canto poético", pode aceder atravez dos linkes, daqui, da A VOZDOPOVO.
Cumprimentos: Mário Margaride.
Saudações neste seu primeiro post.Iniciado lindamente.Espero ver muitos...
Saúdo o David e o Mário,aqui expressos.
Cumpprimentos
Mário Relvas
Amigos obrigada pelas vossas palavras, aqui vos deixo mais um poema da querida Cecilia Meireles.
Espero continuar a mercer o vosso apoio e os vossos comentarios cumprimentos naty.
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