A situação política brasileira, já bem conhecida, sempre foi caótica. Nos momentos de disputa eleitoral as dissonâncias ficam mais nítidas e podemos ver que o problema está na base, no voto. Muitas mudanças já foram feitas pelo Tribunal Superior Eleitoral para deixar as campanhas mais transparentes, no entanto, muito ainda falta ser feito. Os programas gratuitos eleitorais transmitidos nos canais de televisão mais parecem “propagandas de sabonetes”, mostrando a aparência de cada candidato, enquanto as propostas de governo, aquilo que realmente interessa, é deixado em segundo plano.
A eleição no Brasil é nesse Domingo, dia 01 de Outubro, e muita gente não sabe direito em quem votar. A população não conhece os seus candidatos à representação presidencial. A realidade é que não há muita opção, ou melhor, não apareceu nenhuma opção diferente, pois faltou, durante toda a campanha, debate e diálogo entre os candidatos. Ontem, 28 de Setembro, o candidato para a reeleição, Lula, não compareceu ao debate realizado pela maior rede de comunicação brasileira, a Rede Globo. Lula tem nas pesquisas por volta de 48% das intenções de votos e há possibilidade de que não haja segundo turno nas eleições. Isso é bom para o Brasil?
Particularmente penso que não! Sem debate não há democracia. Por isso espero que tenhamos um segundo turno e, por conseqüência, tenhamos oportunidade para um debate de verdade, o confronto entre os dois candidatos que sobrarem e que possamos distinguir, de forma mais nítida e clara, a diferença entre eles, diferença a qual, não parece haver nesse momento.
Antonio Felipe Silva
Particularmente penso que não! Sem debate não há democracia. Por isso espero que tenhamos um segundo turno e, por conseqüência, tenhamos oportunidade para um debate de verdade, o confronto entre os dois candidatos que sobrarem e que possamos distinguir, de forma mais nítida e clara, a diferença entre eles, diferença a qual, não parece haver nesse momento.
Antonio Felipe Silva
7 comentários:
Boa noite, Filipe.
Estou 100% de acordo com o meu amigo. Ainda que possamos ter simpatia por determinado candidato, não devemos aceitar uma campanha elitoral sem esclarecimento. Não se pode considerar totalmente isentas, umas eleições, sem que para isso, tivesse havido participação popular. Assim, mas isto é apenas a minha opinião, nada mais, a eleição de um possível candidato fica diminuída.
Um grande abraço: david santos
Felipe, bem vindo à Voz do Povo, gostei imeso de ler o seu post, está muito esclarecedor, na verdade o David santos, já disse tudo. Em Portugal, passa-se quase o mesmo, digamos que há debates, mas sem essência são claramente uma caça ao voto, as linhas mestras de uma política séria, são escamoteadas e vivemos assim numa aparente democracia, ( onde impera o neoliberalismo, desculpem a expressão, (até arranjarmos outra, usamos esta, não confundir com liberalismo) depois de estarem na cadeira do poder, as promessas eleitorais, não se cumprem. Mas o povo está mais atento e a classe política cada vez cai mais em descrédito.
Um abração de Portugal até ao Brasil.
Bem-vindo em primeiro lugar, amigo Filipe.
Os meus amigos David e Victor, já disseram tudo que eu tinha para dizer.
No entanto perguntaria o seguinte. Durante a campanha eleitoral aí no Brasil, não houve debates entres os vários candidatos? Eu faço esta pergunta, porque não tenho acompanhado estas eleições presidenciais. Apenas aqui ou ali uma referencia, nos jornais ou televisões. Porque se houve debate de ideias! Não sei para que é preciso, mais do mesmo. Se não houve debates. Aí sim! Que hajam! Que são a essência da democracia. Sem que todos os candidatos apresentem as suas ideias, e as debatam, nunca poderá haver uma escolha livre e democrática.
Um abraço, e seja bem-vindo ao nosso seio. Mário Margaride
Caro amigo Mário,
Houve momentos, durante a campanha, que deveriam proporcionar debate entre os candidatos, no entanto, a qualidade dos debates foi insuficiente para esclarecer a maior parte do eleitorado. Em quase sua totalidade, nos momentos que deveriam ser feitos os debates e discutidas propostas de governo, os candidatos ficavam se agredindo e repetindo frases prontas como "papagaios".
Espero que com um segundo turno, quando só dois candidatos sobram, tenhamos debates num nível mais elevado e a diferença entre os candidatos, que nesse momento não parece haver, fique mais nítida e o povo possa votar com mais confiança e decisão.
No meu pensamento, nem para o Lula seria bom ganhar já no primeiro turno, sem o alargamento da discussão sobre os problemas do país.
Amigo Filipe, boa tarde. O agredir e frases prontas é uma tática do estático. De quem quer que não se diga nada. Por vezes chegam ao exagero. Nós também cá temos disso. E, se temos!.. estéreis nãos nos faltam, não dão fruto. Mas isso não passa de uma tática para nada dizer nem nada deixar que se diga. A verdade é que eles também não têm nada para dizer, mas assim, os incautos até podem pensar que têm... está a perceber, não está amigo?
Cortar a palavra uns aos outros é uma forma de omitir. Mas já estudada. Até sempre, amigo.
Caro Filipe,
as sondagens revelam aquilo que se passou em Portugal a nível autarquico,dizem mal dos autarcas,acusam-nos de corruptos,de inépcia,compadrio e depois eles ganham as eleições...
O fenómeno de populismo e controle de massas é engraçado!
Desejo o melhor para o meu amigo e para o Brasil,no seu todo...
Ordem Progresso e Liberdade...Espero que se cumpra o que lemos na vossa Bandeira Nacional!
Um abraço
Caro Filipe, um abraço.
Caso o meu amigo esteja atento ao acto elitoral aí no Brasil, mal tenha uma tendência válida do voto, diga-nos, por favor. Pois queremos ser o primeiro órgão de comunicação aqui em Portugal a mostrar a tendência. Veja se conseguimos isso, está bem?
Um grande abraço e que ganhe as eleições quem o Filipe mais desejar.
Até sempre...
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