22 novembro 2006

Não digas nada!

As folhas levam o vento
Cada página que escrevo
Uma lágrima dispersa
Entre a chuva e a mansidão
Que calo nas entrelinhas
Na mesquinhez do saber
Dá-me a tua mão!
Escuta o meu silêncio
É tudo que te peço
Não digas nada!
Consola a nudez
Desta minha solidão
Que teima com persistência
Apoderar-se da minha
Amargurada inconsciência
É tudo que me resta
O silêncio, a solidão e a amargura
A triste saudade
Da minha doce loucura
Não me condenes
Abraça-me!
É tudo o que te peço
Não digas nada!


Conceição Bernardino

6 comentários:

Anónimo disse...

Minha querida amiga

Pedes para não dizer nada...

Mas terei que o dizer porque quando se gosta de alguém não se deve esconder no coração.

Gosto muito de ti e agradeço a tua amizade.

Gosto do que escreves e da tua força interior.

Momentos tristes e em que nos sentimos desanimados, todos temos, mas os amigos são algo precioso que nos ajudam a viver.

Um beijinho com muito carinho e amizade.

Alexandra Caracol

kurika disse...

Tenho que dizer-te que está aqui um soneto sublime...

Sente-se a tristeza da tua dor...

Fica bem

Bjs

OBS: Vim parar aqui, vindo de uns e outros...e voltarei pela qualidade que ofereces...

Mário Margaride disse...

Conceição...Como eu te compreendo minha amiga...ganha coragem e determinação, para ires ao encontro da felicidade que procuras.
Um beijinho
Mário.

Paulo disse...

"Não digas nada".Será esta agora a máxima imposta, nas forças armadas, pelas chefias militares?A lei da Defesa Nacionale Forças Armadas (LDNFA), tem que ser alterada.
O Organismo Militar, hermeticamente hierarquizado, teve quase sempre, através duma imprensa específica e obediente, uma voz tímida, mais dirigida ao recreio e à formação. Geralmente disseminada em crónicas sobre um passado, no respeito ao «in illo tempore", ou «contos de memória» no descomprometido estilo do «era uma vez...»Enquanto o Organismo evoluiu ou evoluíram as circunstâncias que o rodearam, esta voz manteve-se «conservadora», em parte pela disciplina, em parte pela tradição...e,na minha opinião, pelo temor hierarquico...
O resultado,agora, está à vista: Degradação das forças armadas, desmotivação dos seus elemento. Adeus "espelho da Nação"...!!!
Quando «sair» o livro sobre o Alentejo, posso ter a honra de ser detentor de um exemplar?
Abraço.
Paulo

david santos disse...

Ó minha rica filha mais velha! Tu tens tudo! A maior fortuna que uma MULHER como a Conceição pode ter é a estima e o amor que todos temos por esta minha filha mais velha. Todos te amamos, muito! Isto não chega, Conceição? O melhor que pode haver, é sermos amados e estimados pelos outros. O resto são nadas em que nem o vento pega. Quem é capaz de escrver um soneto tão cheio? Claro que só está ao alcance de muito poucos. Tão poucos que cabem bem dentro de uma mão pequena, duma criança.
Está lindo, Conceição. Tão lindo que só uma MULHER tão linda é capaz de o fazer.
Adorei, Conceição. Adorei!

david santos disse...

Minha rica. Voltei para te dizer qeu voltei a ler o poema, chamei-lhe soneto, mas de facto não se trata de um soneto. Trata-se uma um poema ainda mais complicado e muito mais difícil, a justificar a capacidade ímpar da nossa Conceição.
Enganei-me. Sou um pouco como o meu amigo "paulo sempre" que anda a comentar assuntos fora dos sítios.
Hoje, ainda vou voltar a ler, não sei quantas vezes, este lindo poema.
Abraços, Conceição, muitos abraços.

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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