03 novembro 2006

A SOLIDÃO

Pretendia inserir este texto, como comentário num blogue, mas não foi aceite por eu não ter um blogue SAPO.
Nem todos os blogues são abertos a todos como A VOZ DA TERRA )!!!
Vaidade à parte, considero que seria pena perder este apontamento e, por isso, aqui o insiro para ficar à vossa disposição

Um tema que merece muita atenção, a começar por aqueles que estão a sofrer desta situação dolorosa.
Para evitar a solidão, a solução mais eficiente é sair ao encontro dos outros. Fechar-se na sua redoma é asfixiar.
Não se pode ficar no tugúrio a contar que os outros aparecem a dar apoio e companhia.
Conheci por dentro três «academias» para a terceira idade. Muita gente estava inscrita não para aprender novos conhecimentos científicos, mas apenas para se sentir no meio dos colegas e, quando possível, dizer e ouvir umas palavras em conversa sincopada sobre tudo e nada. O calor humano é muito importante.
Há dias recebi um e-mail com uma história enternecedora: Um miúdo pedia esmola para ele e os irmãos mais novos qu tinham fome lá na barraca.Uma senhora começou a informar-se das condições familiares, como viviam onde moravam, de que se sustentavam e o miúdo foi conversando com naturalidade e abertura. Iam a aproximar-se da casa da senhora que disse ir dar-lhe coisas para comer e umas roupas. Ele respondeu: Não precisa de dar nada, a senhora já conversou!
Mais do que esmola ele deu mais valor ao calor humano, à conversa amiga, à oportunidade de falar de si e dos seus a alguém que se interessou por ele.
Mas repito, o combate à solidão começa pelas medidas preventivas, evitando o afastamento dos outros, perder o receio de ser mal visto, aproximar-se, nem que seja juntar-se num banco de jardim a outro solitários.
Fazem falta mais textos como este para as pessoas serem estimuladas a pensar nas condições reais da vida nesta sociedade global.
A. João Soares

6 comentários:

david santos disse...

Obrigado, Amigo João.
Parabéns.

Mário Margaride disse...

Não podia estar mais de acordo. De acordo, com a necessidade de não se isolar, de partilhar essa solidão, essa dor, com os outros. Mas não é fácil! Para quem vive numa situação marginal. Eu passei na minha infância, situações muito semelhantes. É muito complicado. Mas de facto, temos que seguir em frente, e ir à luta.
Pode crer que existem muitos meninos, iguais ao que aqui nos trás. Infelizmente, para todos nós...
Um abraço.
Mário Margaride.

José Faria disse...

Olá amigo A. João Soares.
Nada mais verdadeiro que o isolamento e a ausência de comunicação, provoca a auto destruição. Acredito e há provas que assim é!
Já alguém disse, não me lembro quem, que "o homem só consegue viver em sociedade".
Por isso eu dou muito valor ao associativismo que até deveria ser mais divulgado e promovido.
Refiro-me às Associações culturais, desportivas, recreativas, humanitárias, políticas, religiosas de solidariedade... a todas. Entendo que nos tempos que correm, quando nem as pessoas que vivem no mesmo prédio de muitos facções, de condomínios, nem se conhecem, há cada vez mais um aumento de incomunicabilidade.
Há que encontrar soluções sociais de aproximação, diálogo e convivio mais familiarizado e onde prospere o calor humano.
Os centros comerciais estão sempre cheios de gente que não se conhecem. Por aí anda a comunicação visual, a comunicação muda.
Por isso dou muito valor às Associações de ãmbito social.
É ai que falamos e convivemos com os nossos conterrãneos, falamos de tudo e com todos,com os que conhecemos e com os que passamos a conhecer.
E são muitos os eventos a promover esses convívios que incluiem, inclusive, a realização de festas e comemorações de usos e costumes tradicionais do nosso povo e do nosso país.
Eu por cá, já tenho muitas colectividades onde escolher para conviver no baile do S. Martinho.
Mas é claro que muitas famílias estão à margem destas questões, como no exemplo que nos dá.
Fica pois para os humanamente solidários o cuidado da atenção que devem providenciar a estes casos isolados, que tanto precisam da nossa atenção!
Obrigado Amigo, A. João Soares

José Faria

Anónimo disse...

Caro A.João Soares,efectivamente as pessoas são cada vez mais carentes.A maior necessidade é ouvirem uma palavra amiga.Estou a chegar (01H00) de uma reunião de partilhas onde como elemento que tem o filho mais velho tento esquecer os meus problemas para partilhar com eles a frontalidade da situação penosa,dando algum contributo de alegria,de esperança e acima de tudo com o objectivo de que só podemos mudar o que pode ser mudado e não tentar mudar o que não pode ser mudado!Aceitar a diferença é meio caminho andado para irmos em frente.Podemos adequar a vida (nossa) ao dos nossos filhos,não que eles se adequem a uma lei de uma sociedade que não lhes diz nada,Falo do autismo,é claro.Depois da reunião de partilhas as pessoas vão mais leves,vêm que não são únicas...Recebem conforto,choram e aliviam!
Obrigado pelo seu tema!
Mário Relvas

Anónimo disse...

Amigo João Soares

Obrigada por não ter desistido de mostrar os seus pensamentos, apesar de ter ficado impedido de escrevê-los no meu Blogue.

O que escreveu é deveras pertinente.


Decerto todos temos algo a dizer sobre as injustiças existentes na nossa sociedade e é bom que levantemos a nossa voz e a façamos ouvir.

Convido todos os que costumam participar neste Blogue a darem uma olhadinha
em
http://violada_mas_nao_vencida.blogs.sapo.pt/

aceitando desde já as vossas criticas e agradecendo as vossas sugestões, para que todos juntos possamos ajudar a mudar o nosso Portugal para melhor.

Bem hajam

Alexandra Caracol

Anónimo disse...

Rectifico o Blogue

http://violada_mas_
nao_vencida.blogs.
sapo.pt/

Alexandra Caracol

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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